A crescente onda de violência na República Centro-Africana forçou o governo do país a declarar estado de emergência por 15 dias nesta quinta-feira (21), reportou a Deutsche Welle.
Conforme o porta-voz do governo, Albert Yaloke Mokpeme, o status permite às autoridades efetuar prisões “sem passar pelos promotores nacionais”. A medida vem na esteira de uma tentativa de invasão da capital, Bangui, no último dia 13.
A ação foi o auge dos ataques efetuados por grupos armados após a eleição presidencial de 27 de dezembro, que reelegeu Faustin-Archange Touadéra. A oposição reivindica um novo pleito e alega irregularidades.
O Tribunal Constitucional do país declarou Touadéra vencedor na segunda (17). Apenas um terço dos eleitores foi às urnas, temendo violência em diversas partes da nação africana, de cinco milhões de habitantes.
Conforme a ONU (Organização das Nações Unidas), a tensão pré-eleitoral forçou o deslocamento de 55 mil civis. Na movimentação, sete soldados de paz foram mortos por rebeldes.
O ex-presidente François Bozizé é acusado de incitar a violência desde que a Corte rejeitou sua candidatura, em dezembro. Ex-general e chefe do exército, Bozizé está sob sanções da ONU e sujeito a um mandado de prisão por crimes contra a humanidade.
Desde a sua deposição, por uma coalizão rebelde de muçulmanos do norte do país em 2013, a República Centro-Africana vive conflitos interreligiosos e interétnicos. O estado de emergência deve vigorar até 5 de fevereiro.
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