Este conteúdo foi publicado originalmente no portal da notícias ONU News, da Organização das Nações Unidas
Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, diz que mulheres são maior parte dos deslocados por conflito no norte de Moçambique; pelo menos 127 mil estão em idade reprodutiva e mais de 1,6 mil partos ocorrerão este mês; dezenas de milhares não têm acesso a contraceptivos arriscando gravidezes indesejadas.
A representante da agência da ONU para saúde sexual e reprodutiva, Unfpa, em Moçambique afirmou que as mulheres são as grandes vítimas da violência em Cabo Delgado, que vive um conflito entre tropas do governo e extremistas islâmicos, no norte do país.
A crise humanitária levou o Unfpa e outras agências da ONU a lançarem um apelo por ajuda nesta quarta-feira.
Consequências
A representante do Fundo das Nações Unidas para a População, Andrea Wojnar, destacou violência de gênero, gravidez indesejada e mortes causadas por complicações no parto como algumas das consequências da violência.
Falando a jornalistas na conferência virtual, Andrea Wojnar citou a necessidade de um esforço conjunto e ação imediata para os deslocados do conflito para evitar que as consequências sejam irreversíveis para o país.
Dados do Unfpa em Moçambique indicam que mais de 2,5 mil mulheres e meninas precisam de cuidados vitais em resposta à violência sexual.
Cerca de 1,5 mil grávidas poderão passar por complicações obstétricas já nos próximos seis meses.
Desafios
Apesar da pandemia da Covid-19 e o conflito em Cabo Delgado, o Unfpa diz ter novos desafios, uma vez que nas comunidades as mulheres têm poder limitado sobre sua saúde sexual e reprodutiva.
O encerramento contínuo de escolas continua a colocar as meninas em risco de gravidez na adolescência e casamentos forçados.
De Maputo para ONU News, Ouri Pota
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