O Twitter bloqueou a conta da embaixada da China nos EUA nesta quinta-feira (21). O motivo é uma postagem em defesa à política de Beijing à população uigur de Xinjiang.
O tweet veiculado no dia 7, já indisponível, afirmava que mulheres uigures não eram mais “máquinas de fazer bebês”.
A rede social retirou o conteúdo 24 horas após sua publicação e ordenou que o proprietário excluísse a postagem para recuperar o acesso. Desde então, a conta permanece bloqueada, confirmou um porta-voz do Twitter.
A embaixada chinesa se recusou a comentar o caso à Bloomberg.
O bloqueio ocorre após o ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, definir as ações da China contra a minoria muçulmana uigur como “genocídio” e “crime contra a humanidade”.
Seu sucessor, Antony Blinken, disse concordar com o rótulo na sabatina dos novos membros do governo ao Senado, na terça (19).
O governo chinês afirmou que mantém os campos de detenção para “barrar o separatismo e extremismo” na região. Há, contudo, denúncias de maus tratos, trabalho forçado e limpeza étnica aos detidos nas estruturas, que se multiplicaram desde 2016.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que até um milhão de uigures estejam nos campos em Xinjiang. A população mantém raízes muçulmanas, dos povos da Ásia Central, e sofre discriminação da maioria han na China.
A decisão do Twitter alimenta a já tensa relação entre as empresas de tecnologia dos EUA com a China. Beijing já proibiu a operação de grandes plataformas como o Twitter, Facebook, Google e Youtube em seu território.
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