Os investidores reunidos na 4ª FII (Iniciativa de Investimento Futuro, em inglês), mais conhecida como o “Davos do Deserto”, na capital saudita Riad, preveem o retorno do crescimento econômico em 2021, registrou a Bloomberg.
Na abertura, mais de 140 magnatas de grandes corporações ao redor do mundo sinalizaram suas expectativas para uma rápida recuperação econômica. O início das campanhas de vacinação favorece o mercado, avaliaram – e antecede uma possível volta da inflação.
“É justo presumir que estamos voltando para uma era de inflação crescente, apesar de uma grande quantidade de criação de empregos após a pandemia”, disse o presidente da BlackRock, Larry Fink.
O gestor estima que a retomada do crescimento começará a partir da imunização coletiva dos países desenvolvidos, por volta de setembro. Fink é um dos nomes de destaque do encontro, que começa nesta quinta-feira (27).
Um número grande de participantes vem dos EUA – espécie de manifestação de apoio após as ameaças de sanção doi presidente Joe Biden, que vê o restrito sistema de direitos civis da Arábia Saudita com preocupação.
O encontro promovido pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, acontece nas modalidades presencial e virtual e termina nesta quinta-feira.
Expectativas para 2021
O ministro de Energia saudita, Abdulaziz bin Salman, já afirmou que o país planeja se tornar “a Alemanha das energias renováveis”. Riad se comprometeu em reduzir suas emissões líquidas de carbono.
No ranking dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Arábia Saudita também planeja se tornar um pioneiro em hidrogênio verde e azul e pretende converter metade de seu setor de energia para gás.
Outro destaque no primeiro dia do encontro foi a discussão sobre a internacionalização da moeda chinesa, o yuan. “A China fez um trabalho notável de crescimento e ao desenvolver mercados atraentes para investidores estrangeiros”, elogiou o fundador da norte-americana Bridgewater, Ray Dalio.
A recuperação do Reino Unido também esteve na pauta. Apesar da desvalorização após o Brexit, o CEO do banco Crédit Suisse, Thomas Gottstein, afirmou que o país deve se recuperar rapidamente.
“Estou convencido de que o Reino Unido também se sairá bem com o tempo”, disse ele. “No curto prazo, [o Brexit] é um desafio”, disse.
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