Este conteúdo foi publicado originalmente na agência ONU News, da Organização das Nações Unidas
As Nações Unidas demonstraram grande procupação com o agravamento da crise humanitária e a escalada da violência em Cabo Delgado, ao nordeste de Moçambique.
De acordo com o governo, mais de 565 mil pessoas fugiram de suas casas o início dos ataques, em 2017. Nesta quarta (20), diretores de várias agências da ONU (Organização das Nações Unidas) falaram sobre as conclusões de uma missão conjunta realizada em dezembro.
Em comunicado, o grupo afirmou que a visita permitiu testemunhar o impacto da violência e mostrar apoio às comunidades afetadas e ao povo moçambicano.
Eles expressaram profundas preocupações. “O conflito e a violência deixaram pessoas sujeitas a violações dos direitos humanos e com acesso muito limitado a meios de subsistência”, diz o texto.
A crescente insegurança e a infraestrutura deficiente tornaram mais difícil chegar às pessoas necessitadas. Com a pandemia de Covid-19, a crise ficou ainda mais complexa.
Encontros
Os representantes ouviram relatos comoventes de homens, mulheres e crianças deslocados na cidade de Pemba, capital de Cabo Delgado, e nos distritos de Ancuabe e Chiúre.
Em Maputo, estiveram com funcionários do governo e dos parceiros de desenvolvimento. Segundo os diretores, esta é uma emergência complexa de segurança, direitos humanos, humanitária e de desenvolvimento.
A falta de alimentação adequada, água, saneamento, abrigo, saúde, proteção e educação agrava uma situação considerada terrível. A iminente estação de chuvas também é um risco, já que Moçambique está sujeito a choques climáticos extremos.
Os representantes pediram uma expansão urgente dos programas de proteção, saúde, alimentação e nutrição, bem como intervenções de vacinação e imunização e aconselhamento psicossocial.
Também realçaram a necessidade de ajudar agricultores e pescadores a restabelecer seus meios de subsistência. Os diretores pediram ainda apoio para o reassentamento destas famílias.
Investimentos são necessários para promover os direitos humanos e a justiça social, mas também para limitar o impacto de crises atuais e futuras.
Para conter o extremismo violento, o grupo apelou a iniciativas de desenvolvimento transnacionais. O governo deve priorizar o empoderamento econômico e a inclusão social e política de mulheres e jovens.
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