O tradicional Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, com início nesta segunda (25), acompanha a transformação forçada pela Covid-19 e assume, pela primeira vez, o formato 100% digital.
A agenda sofreu reformulações e terá como mote um debate do mundo pós-pandemia. Até sexta-feira, líderes mundiais se reunirão em discussões por vídeo para pensar em alternativas à maior crise global da história moderna, deixada pelo vírus.
Questões como as mudanças climáticas, a cooperação global e o chamado “capitalismo de stakeholders” – ou seja, com ênfase também na sociedade e não apenas no lucro – devem entrar em pauta novamente, disse o presidente do Fórum, Klaus M. Schwab, ao portal Quartz.
Neste formato, a expectativa é a de discussões mais “abertas e igualitárias”. Por ser virtual, os participantes não precisarão se preocupar com possíveis exclusões em encontros fechados ou restrições de hierarquia impostas pela organização.
Haverá uma segunda fase da edição em maio, dos dias 13 a 16, planejada para ocorrer de forma presencial em Singapura. Em 2022, o Fórum volta para a suíça Davos.
Quem participa e o que se discute
Pouco mais de 1,5 mil pessoas fizeram seu check-in na reunião virtual de Davos. Entre eles, há chefes de Estado, líderes da sociedade civil, da mídia global e jovens da África, Ásia, Europa, Oriente Médio e das Américas.
No primeiro dia, as discussões se voltarão para os sistemas econômicos. O presidente da China, Xi Jinping, inaugura a ordem dos panelistas, que deve reunir o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
Figuras como a chanceler alemã Angela Merkel e Bill Gates também se unirão ao grupo durante a semana. A pauta concentra temas da indústria, de bens, da cooperação global e regional e da Quarta Revolução Industrial.
Os primeiros-ministros da Índia, Narendra Modi, e do Japão, Yoshihide Suga, integram o conjunto de palestrantes com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in e da diretora do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.
O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, também confirmou presença no Fórum de Davos.
O Fórum de Davos
Mais alta cidade da Europa, a suíça Davos tem 12 mil habitantes e todo ano hospeda a realização de um dos mais importantes encontros globais.
O professor da Universidade de Genebra Klaus M. Schwab fundou o encontro em 1971 com o intuito de abordar a gestão de negócios norte-americana às empresas europeias.
Muitas das ideias implantadas na comunidade internacional surgiram no Fórum. Um exemplo é o Acordo de Livre Comércio da América do Norte, assinado entre Canadá, México e EUA, sugerido em uma reunião informal em Davos.
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