Dois dias antes de1 deixar a presidência dos EUA, na quarta-feira (20), Donald Trump suspendeu licenças de venda a fornecedores da Huawei e incluiu a fabricante de celulares Xiaomi na “lista negra” do país.
A notificação barra diversas empresas norte-americanas de trabalhar com peças produzidas na China. Um exemplo é a fabricante de chips californiana Intel.
Neste domingo (17), fontes disseram à Reuters que Trump ainda pretende banir dezenas de outros aplicativos ligados à Huawei. A ação vem combinada a esforços dos EUA para enfraquecer empresas com origem na China em território norte-ameircano.
O Departamento de Comércio dos EUA também indicou a “tendência em negar” um número significativo de licenças de exportação para a empresa. Já a Xiaomi deve enfrentar restrições de investimentos em seus títulos nos EUA.
Na “lista negra”, Washington acusa a fabricante de smartphones de manter ligações militares com a terceira maior empresa de petróleo do país durante perfuração do Mar da China Meridional.
A fabricante estatal chinesa de aviões Comac também passou a integrar a relação, destacou a Bloomberg. Em meio a disputas tecnológicas e comerciais que se acentuaram desde o início da pandemia, Washington vê as gigantes chinesas como “ameaças à segurança nacional”.
“Intimidação”, acusa Beijing
Em entrevista coletiva em Beijing na sexta-feira (15), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que tomará as medidas necessárias contra Washington.
“Esta medida do governo Trump mais uma vez demonstra ao público, à comunidade internacional, o que é unilateralismo, padrões duplos e intimidação”, disse.
“Apoiaremos nossas empresas para proteger e defender seus direitos e interesses de acordo com a lei”. Antes mesmo de assumir a Presidência dos EUA, Joe Biden se comprometeu a desenvolver uma estratégia mais coerente contra a China.
Uma ordem executiva assinada por Trump no ano passado, contudo, força os investidores a desfazer as participações em empresas chinesas designadas até novembro.
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