Milhares de pessoas que aguardavam do lado de fora do principal tribunal de Atenas, na Grécia, receberam a notícia da condenação de membros do grupo neonazista Aurora Dourada com festa nesta quarta (7), reportou o jornal britânico “The Guardian“.
Os três juízes encerraram o caso após uma investigação iniciada em 2015. Segundo a decisão, os integrantes do grupo neonazista operavam como uma organização criminosa. O tribunal os julgou culpados por perseguir e tramar a morte de “possíveis inimigos”.
A pena de prisão para os 18 integrantes do grupo neonazista grego pode ultrapassar os 15 anos, após o julgamento de crimes adicionais.
Entre os 18 integrantes, sete foram considerados os líderes da organização – incluindo o fundador, Nikolaos Michaloliakos. Os demais foram condenados por participação na gangue.
Violência contra minorias
Imigrantes, sindicalistas comunistas, antifascistas e homossexuais eram os principais alvos dos criminosos.
Uma das vítimas do grupo foi o rapper antifascista Pavlos Fyssas. O artista foi morto a facadas por um líder neonazista em setembro de 2013. “Meu filho está livre”, disse mãe do cantor, Magda Fyssa, após o veredicto.
A decisão é a mais importante desde o julgamento dos nazistas em Nuremberg, após a Segunda Guerra Mundial, apontou o jornal londrino.
Dois mil policiais ficaram de guarda no local para evitar confrontos violentos entre os manifestantes e apoiadores da extrema direita. As forças policiais logo contiveram um princípio de conflito.
“O clima aqui hoje é lembra as comemorações que vimos com a libertação de Atenas dos nazistas”, celebrou o ativista antirracismo, Petros Constantinou. “É um ótimo dia”.
A presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, celebrou a condenação. “É um dia importante para a demoracia. Vimos que as instituições gregas foram capazes de repelir qualquer tentativa de miná-las”, pontuou.
Os acusados negam as acusações e alegam que são vítimas de “perseguição política”.
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