A escolha dos novos senadores do Egito, nesta terça (11) e quarta (12), foi marcada por restrições sanitárias e políticas, informou a Reuters. Em meio a pandemia, 63 milhões foram às urnas com máscaras, equipamentos esterilizados e distanciamento social.
Os egípcios devem eleger 200 das 300 cadeiras do Senado recém instaurado. Entre os candidatos, no entanto, as opções são restritas. A maioria apóia o presidente, Abdel Fattah al-Sisi, como já ocorre na Câmara.
Divididos, 100 membros do novo Senado serão escolhidos individualmente e 100 por lista fechada, com votação em partidos.
A única lista é liderada pelo partido pró-governo, Mostaqbal Watan. Os 100 lugares fora da escolha popular serão definidos pelo chefe de Estado.
Recriado no ano passado junto de outras mudanças constitucionais, o Senado egípcio será um órgão exclusivamente consultivo, sem poderes legislativos.
A reforma aprovada em 2019 também ampliou os poderes de Sisi no poder Judiciário e permitiu que permaneça à frente do Egito até 2030.
A participação dos eleitores no pleito foi esparsa e quase que apática, apontou a Reuters. Em grupo, um idoso abordado em Gizé afirmou que só foi votar pois lhe prometeram mantimentos.
Outro homem, em Shubra al-Khaima, nos arredores de Cairo, disse que foi enviado pelo dono da empresa.
Os eleitos serão conhecidos na próxima quarta (19).
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