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quinta-feira, 28 de julho de 2022

ONU cobra melhor tratamento da Polônia aos refugiados não ucranianos

Um especialista independente da ONU (organização das Nações Unidas) esteve na Polônia para avaliar a situação de refugiados no país. Ele elogiou a recepção, aos mais de 2 milhões de ucranianos que fugiram de seu país após o início da guerra em 24 de fevereiro, mas disse considerá-la “totalmente diferente da realidade” de cidadãos de outros países.

González Morales pediu ao governo polonês que faça planos realistas para garantir a execução de compromissos em relação ao tema e recomendou que o país avalie o auxílio internacional de que precisa, especialmente da União Europeia (UE).

Ele alertou ainda que a questão da moradia pode piorar devido a diversos desafios na fronteira entre Polônia e Belarus. Entre eles estão a falta de energia, a inflação, a exaustão ou a frustração de anfitriões que já sacrificam seu espaço privado há meses.

Crianças que deixaram a Ucrânia e agora estão na Polônia (Foto: John Stanmeyer/Unicef)

Nessa área, a situação está “relativamente calma em comparação com a do inverno passado”. Mas alguns migrantes, incluindo os recém-chegados, continuam presos e sujeitos à violência e à resistência de ambos os lados.

Do lado da Belarus, existem migrantes detidos no Centro Logístico Temporário. O local que antes fazia o acolhimento de estrangeiros já foi encerrado. 

O especialista diz que, do lado polonês, crianças migrantes e com suas famílias e mulheres grávidas permanecem retidas em instalações de imigração fechadas.

González Morales pede que menores desacompanhados sejam imediatamente liberados. A mesma medida deve ser tomada para crianças com suas famílias, mulheres grávidas e pessoas com problemas mentais.

Para as áreas no limite entre Belarus, Polônia e UE, o especialista recomenda que haja mais comunicação e diálogo sobre a situação dos que buscam abrigo. A prioridade é que se evite a perda de vidas, sejam mantidos os progressos e protegidos  os direitos humanos.

González Morales deverá apresentar o relatório ao Conselho de Direitos Humanos em junho de 2023.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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