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quarta-feira, 20 de julho de 2022

UE pede redução do uso de gás em meio à ameaça russa de cortar abastecimento

Preocupada com a possibilidade de corte no fornecimento de gás natural russo, essencial na geração de eletricidade, funcionamento de usinas de energia e para manter lares aquecidos, a União Europeia (UE) pediu nesta quarta-feira (20) que o consumo seja reduzido “voluntariamente” nos países membros. Além disso, quer ter o poder de impor reduções emergenciais, caso necessário. As informações são da rede Voice of America (VOA).

De acordo com o comunicado emitido pela Comissão Europeia, a meta é reduzir a demanda em 15% no período de agosto, às vésperas do outono, até o final de março, quando encerra o inverno. A presidente da instituição, Ursula von der Leyen, acusa Moscou de usar a situação como uma arma geopolítica.

“A Rússia está nos chantageando e usando a energia como arma. E, portanto, em qualquer caso, seja um corte parcial ou um total do gás russo, a Europa precisa estar pronta”, disse ela.

Ursula von der Leyen em visita a Alemanha, em fevereiro de 2019 (Foto: Wikimedia Commons)

Aproximadamente 60% das exportações russas de petróleo e 75% das exportações russas de gás vão atualmente para a Europa, de acordo com a Energy Facts IEA.

Para colocar um ponto final em tamanha dependência o quanto antes, a UE, que desde o início da guerra parou de importar carvão russo e a maior parte do petróleo russo, quer tornar a energia verde uma realidade entre os países do bloco. O problema é que isso ainda não será uma realidade quando o frio intenso bater à porta daqui a cinco meses.

Portanto, o verbo do momento que a UE dirige à população do bloco é “economizar”. Se as pessoas usarem outros combustíveis agora, terão mais gás durante o inverno, aposta a Comissão.

“Agir agora reduzirá o impacto negativo no PIB, evitando ações não planejadas em uma situação de crise posterior”, diz o comunicado. “Os primeiros passos também espalham os esforços ao longo do tempo, aliviam as preocupações do mercado e a volatilidade dos preços e permitem um melhor design de medidas direcionadas e econômicas que protegem a indústria”.

A viabilidade dos pedidos da UE será debatidos entre os Estados-membros em uma reunião marcada para a próxima terça-feira (26).

Por que isso importa?

Ao longo dos cem primeiros dias de guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a Rússia embolsou 93 bilhões de euros com a venda de gás e petróleo cru.

Embora o volume de exportações tenha caído 15% em maio, com reduções no faturamento registradas desde março, os valores embolsados por Moscou ainda são altos e financiam a máquina de guerra do presidente Vladimir Putin. É o que apontou relatório do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA, na sigla em inglês) divulgado no mês passado.

União Europeia (UE) continua sendo o principal destinatário das fontes de energia russas, com 61% das importações nos primeiros cem dias de guerra. Isso equivale a aproximadamente 57 bilhões de euros no período analisado.

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