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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Terrorista morto pela polícia em Londres no ano passado falava em ‘matar a rainha’

Um terrorista morto por agentes de segurança em Londres, em fevereiro de 2020, dizia que seu objetivo era “matar a rainha” Elizabeth II, segundo relatório das autoridades. Sudesh Amman esfaqueou duas pessoas em Streatham, zona sul londrina, antes de ser neutralizado por dois policiais à paisana. As informações são da rede britânica BBC.

Amman chegou a ser preso acusado de associação ao terrorismo, e foi justamente durante o período de detenção que seu posicionamento extremista ganhou força. Testemunhas contam que ele falava em se tornar um homem-bomba, e o posicionamento do jovem levantou um questionamento se seria seguro libertá-lo. Ele foi autorizado a deixar a prisão apenas dez dias antes do ataque.

Rainha Elizabeth II, em foto tirada no Palácio de Buckingham , em 2011 (Foto: Wikimedia Commons)

Amman havia sido condenado a 40 meses de prisão, mas foi libertado antecipadamente em 23 de janeiro de 2020. Poucos dias depois, em 2 de fevereiro, ele perpetrou o ataque que feriu um homem e uma mulher, antes de ser morto a tiros pelos agentes que acompanhavam a movimentação do jovem.

O inquérito informa que uma nota escrita em árabe foi encontrada na cela de Amman cerca de um mês antes da data de sua libertação. O texto sugeria que ele havia jurado lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), particularmente ao líder terrorista Abu Bakr Al-Qurayshi Al-Baghdadi. Ele também “parecia orgulhoso de ser o mais jovem criminoso terrorista na [prisão de] Belmarsh”.

Na cadeia, diz o documento, o jovem “gritava coisas diferentes como ‘este lugar está cheio de descrentes’ e ‘todos aqui vão cair sob a bandeira negra (símbolo do EI)'”. Ele ainda atuou na tentativa de radicalizar outros presos, e suas ações o levaram em diversas ocasiões a uma unidade de segurança máxima dentro da penitenciária.

Um oficial de liberdade condicional citado no inquérito chegou a avaliar Amman como uma pessoa de alto risco caso fosse solto, por promover ideias extremistas” e por “querer cometer um ato terrorista”.

Estatísticas

A polícia contraterrorismo do Reino Unido diz ter impedido três ataques terroristas desde o início da pandemia. Foram 185 suspeitos presos por envolvimento em atos de violência extremista desde o início de 2020. O número representa uma queda de 34% em relação a 2019, índice mais baixo em nove anos.

Mais de 800 investigações envolvendo terrorismo foram realizadas ao longo do último ano, segundo o coordenador nacional de combate ao terrorismo da Grã-Bretanha, Dean Haydon.

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