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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Facebook derruba páginas da Rússia que espalhavam desinformação sobre vacinas

O Facebook anunciou nesta terça-feira (10) que derrubou de suas plataformas uma rede de desinformação sobre vacinas que vinha atuando de forma organizada na Rússia, com intuito de espalhar notícias falsas em diversas partes do mundo, inclusive o Brasil, relatou a Radio Free Europe.

A empresa fechou 65 contas do Facebook e 243 contas do Instagram ligadas ao grupo de marketing Fazze, que buscava recrutar influenciadores para endossar uma campanha contra os imunizantes Pfizer e Astrazeneca.

As informações foram reveladas no Relatório de Comportamento Inautêntico Coordenado (CIB, na sigla em inglês), documento publicado mensalmente pela rede social norte-americana.

Rede social baniu contas falsas que espalhavam fake news sobre imunizantes da Pfizer e Astrazeneca (Foto: Flickr/Divulgação)

Os investigadores chamaram as contas conectadas à Fazze, uma subsidiária da empresa de marketing registrada no Reino Unido AdNow, que opera principalmente na Rússia, de “lavanderia automática de desinformação”.

“A Fazze agora está banida de nossa plataforma”, disse o relatório que legitimou as ações do gigante da mídia social contra o comportamento inautêntico. E acrescentou: “A rede estava usando sua influência principalmente para divulgar mensagens antivacina dirigidas a públicos na Índia, América Latina e, em menor grau, nos Estados Unidos”.

Virar macaco

O Facebook e outras mídias sociais vêm enfrentado fortes críticas durante a pandemia, inclusive do presidente dos EUA, Joe Biden, que atribui à rede parcela de culpa por espalhar mentiras sobre a vacinação que “atrapalha os esforços em todo o mundo para combater o coronavírus”.

A empresa disse que a operação da Fazze ligada à Rússia começou com grupos de contas falsas criadas em 2020, que teriam origem nas chamadas “fazendas de contas” no Paquistão e em Bangladesh.

As contas falsas usavam memes e comentários como meios de propagação de fake news. Uma das mentiras espalhadas dizia que as vacinas da Astrazeneca transformariam as pessoas em chimpanzés, trazendo imagens do filme ‘Planeta dos Macacos’. Já a Pfizer teria maior taxa de mortalidade do que outros imunizantes.

O Facebook relatou que vários influenciadores de saúde e estilo de vida compartilharam tais conteúdos.

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