Um relatório da inteligência dos EUA lançado na última quinta (29) aponta que o chefe da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, está vivo. Conforme o documento, o egípcio al-Zawahiri continua escondido no Irã enquanto outros líderes supervisionam a organização terrorista.
Em março, um vídeo lançado pela Al-Qaeda alimentou os rumores de que o sucessor de Osama bin Laden estaria morto. A principal figura do grupo jihadista falou em apenas quatro dos 22 minutos do informe, que tratou do genocídio contra os muçulmanos rohingya de Mianmar. No restante, um narrador atualizou o tema.
Os primeiros relatos da morte do chefe da Al-Qaeda surgiram em novembro de 2020, na imprensa paquistanesa. As informações apontavam que Al-Zawahiri teria morrido de causas naturais, provavelmente no Afeganistão.
Conforme o relatório dos EUA, a Al-Qaeda deve continuar priorizando os combates a regimes locais no Oriente Médio e na África. “No ano passado, o grupo explorou a instabilidade da África, especial no Mali e na Somália, para expandir suas operações regionais e desenvolver redes mais fortes”, aponta o texto.
Apesar do apelo da Al-Qaeda ter diminuído desde o surgimento do EI (Estado Islâmico), em 2014, a inteligência norte-americana afirma que é “improvável” que o grupo realize atentados em massa contra os EUA ou instalações no exterior. Dois membros da organização prometeram guerra ao país na última sexta (30).
A inteligência dos EUA, porém, alerta para uma possível escalada de ataques cibernéticos. A organização poderá ganhar espaço nas redes para promover sua mensagem jihadista e, ao mesmo tempo, recrutar novos membros.
Em dezembro, a revista da Al-Qaeda, “Manhattan Wolves”, ofereceu bitcoin como pagamento para extremistas que assassinarem agentes das forças de segurança ocidentais. Os militantes poderiam receber até US$ 60 mil em bitcoin – cerca de R$ 330 mil – caso concedam aos líderes da Al-Qaeda a possibilidade de assumir a autoria do crime.
Ofensiva contra o Taleban no Afeganistão
Pelo menos 81 membros do Taleban foram mortos e outros 52 ficaram feridos em uma ofensiva do exército afegão entre sábado (1) e domingo, disse a agência indiana ANI. Os suspeitos de terrorismo estavam em oito províncias do país. Pelo menos 19 minas terrestres acionadas em rodovias foram desativadas, tuitou o governo.
A operação integra a contenção ao Taleban após o início da saída formal de 2,5 mil soldados dos EUA e Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) do Afeganistão, prevista para encerrar em 11 de setembro. A extensão do prazo é uma retaliação pelo envolvimento do Taleban com a Al-Qaeda.
A ONU (Organização das Nações Unidas) já havia denunciado uma reunião de integrantes do grupo. A relação teria sido mantida mesmo após o acordo de paz mediado pelos EUA, assinado em 29 de fevereiro de 2020. No tratado, as partes concordaram em retirar as forças do Afeganistão caso o Taleban cortasse relações com grupos terroristas internacionais – inclusive a Al-Qaeda.
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