Este conteúdo foi publicado originalmente na agência ONU News, da Organização das Nações Unidas
A ONU (Organização das Nações Unidas) expressou preocupação com o aumento de ataques a civis na Venezuela.
O último ocorreu na terça-feira (12) no estado de Zulia, quando integrantes da contrainteligência militar e da polícia regional realizaram uma batida na organização humanitária Azul Positivo.
A porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Marta Hurtado, falou sobre ataques crescentes a jornalistas, defensores de direitos humanos e organizações da sociedade civil.
Segundo ela, policiais apreenderam documentos e prenderam seis funcionários da ONG. Cinco seguem detidos e não têm autorização a se comunicar com suas famílias ou advogados.
Esta é a segunda vez em dois meses que forças de segurança vasculham uma entidade humanitária e submetem funcionários a questionamentos sobre financiamento recebido do exterior.
“Os países não podem impor restrições à habilidade das ONGs de receberem auxílio doméstico, estrangeiro e de fontes internacionais”, disse Hurtado.
Criminosos
Além das batidas, funcionários públicos na Venezuela declaram entidades de sociedade civil como “criminosas”. Desde 8 de janeiro, operações policiais alvejaram pelo menos três locais.
Militares confiscaram equipamentos, intimidaram trabalhadores e interditaram escritórios. Estas batidas ocorreram após jornalistas terem sido assediados e intimidados.
As autoridades venezuelanas também emitiram comunicados deslegitimando a mídia. Em consequência, muitos jornalistas com medo começaram a praticar autocensura para escapar da violência no país.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU exortou as autoridades da Venezuela a cessar a perseguição de trabalhadores, sejam do setor humanitário, de direitos humanos ou na imprensa.
“Uma sociedade civil diversa, livre e ativa é fundamental para qualquer democracia. Devemos protegê-la, e não estigmatizá-la”, pontuou Hurtado.
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