O Facebook informou nesta terça (1) ter identificado novas tentativas, vindas da Rússia, de interferência na opinião pública dos EUA antes da eleição presidencial de novembro.
A suspeita foi levantada pelo FBI (Escritório Nacional de Investigação, em inglês), que notificou a rede social.
As táticas russas são diversas. Há perfis, com fotos geradas em computador, e páginas na rede social. Também há um site de notícias, que operava como um veículo “independente”, mais alinhado à esquerda.
O site PeaceData continua no ar nesta quarta (2). O site negou, também nesta terça, sua relação com o governo russo.
Entre as notícias, há manchetes como “As páginas deletadas de Svetlana Tikhanovskaya mostram que ela não é nada mais que um fantoche do Ocidente”, “Como as sanções dos EUA pioram a crise humanitária síria” e “A era de dominação norte-americana na América Latina está chegando ao fim”.
As atividades consideradas inautênticas pelo Facebook eram conduzidas pela IRA (Agência de Pesquisa na Internet, em inglês), vinculada à Rússia. Sua meta era plantar discórdia no discurso público norte-americano e influenciar um resultado satisfatório para o Kremlin.
O grupo já havia usado a mesma estratégia para influenciar as eleições de 2016, com algum sucesso. Já em 2018, no pleito parlamentar, as páginas conseguiram um número restrito de seguidores.
“Parece que se trata da uma tentativa ainda em estágios iniciais para mirar um público de esquerda em diversos assuntos. A eleição não era o único foco”, afirmou o investigador responsável pelo trabalho, Ben Nimmo, da consultoria Graphika, à CNN.
O anúncio do Facebook marca a primeira vez que evidências do tipo foram efetivamente trazidas a público.
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