Dois professores foram mortos na Caxemira indiana nesta quinta-feira (7), nos arredores de Srinagar, a principal cidade da região. A ação seria de responsabilidade de militantes que lutam pela independência ou pela anexação do território pelo Paquistão, informou a rede Voice of America (VOA).
De acordo com autoridades locais, os educadores foram mortos dentro de uma escola pública depois que insurgentes invadiram o local e dispararam contra as vítimas – membros das minorias hindu e sikh –, fugindo em seguida. A área foi isolada, e as forças indianas iniciaram buscas dos criminosos.
Segundo relatos oficiais, houve um aumento repentino no número de mortes de civis no conturbado território disputado. O incidente desta quinta foi o sétimo assassinato registrado em seis dias.
Na terça-feira (5), em outro ataque atribuído a militantes separatistas, homens armados mataram três pessoas em ataques separados. Uma das vítimas era um proeminente químico pertencente à minoria hindu da Caxemira. As outras eram um vendedor ambulante do estado de Bihar, no leste da Índia, e um motorista de táxi.
Dilbag Singh, diretor-geral da polícia da região, disse que foi aberta uma investigação sobre os assassinatos e que os investigadores estão à caça dos criminosos com base em “algumas pistas sobre casos anteriores”. Ele acrescentou que os agressores “seriam presos em breve”.
Políticos pró-Índia e anti-Índia se manifestaram condenando veementemente os atentados.
Por que isso importa?
De maioria muçulmana, a Caxemira é disputada por Índia e Paquistão desde que Nova Délhi e Islamabad conquistaram a independência do Reino Unido e se separaram em dois países, em 1947. Desde então, as nações já travaram duas guerras pelo território.
Em 5 de agosto de 2019, o governo da Índia, de orientação nacionalista hindu, retirou os poderes semi-autônomos do Estado, tomando-o sob sua responsabilidade. O primeiro-ministro Naremdra Modi também anulou os direitos especiais hereditários que os nativos tinham sobre a propriedade e o emprego de terra na região.
Aprovadas sem orientação democrática, as leis são motivo de ressentimento do povo da Caxemira. Muitos pedem pela independência do território da Índia ou unificação com o vizinho Paquistão.
A Índia tem mais de 500 mil soldados na Caxemira, uma das zonas mais militarizadas do mundo, desde que uma rebelião eclodiu por lá em 1989. O país acusa o Paquistão de apoiar rebeldes armados que lutam pela independência da Caxemira. Islamabad nega as acusações.
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