A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou na quarta-feira (6) que o registro de novos casos de Covid-19 caiu 9% em todo mundo. A análise foi feita no período compreendido entre 27 de setembro 3 de outubro. Um grande declínio no número de novas mortes semanais também foi relatado em todas as regiões, exceto nas Américas e na Europa.
A maior diminuição em novos casos semanais foi relatada na África (43%), seguida por Mediterrâneo Oriental (21%), Sudeste Asiático (19%), Américas (12%) e Pacífico Ocidental (12%). O número de casos confirmados notificados globalmente é agora de mais de 234 milhões, com pouco menos de 4,8 milhões de mortes.
O maior declínio nas mortes semanais foi relatado na África, com um declínio de 25% em comparação com a semana anterior. As Américas e a Europa, por sua vez, relataram um número de mortes semanais semelhante ao do período anterior.
De acordo com a atualização, as regiões que relataram as maiores taxas de incidência de casos semanais por 100 mil habitantes foram a Europa (123,1 por 100 mil) e as Américas (109,5), enquanto as mesmas duas regiões relataram a maior incidência semanal de mortes por 100 mil habitantes: 1,6 e 2,4, respectivamente.
EUA lideram em novos casos
Os maiores números de novos casos foram relatados nos Estados Unidos (760.571), no Reino Unido (239.781), na Turquia (197.277), na Rússia (165.623) e na Índia (161.158). Enquanto os números norte-americanos, turcos e britânicos indicam estabilidade em relação ao período anterior, os dados russos apontam aumento de 13%, e os indianos, queda de 21%.
Globalmente, o relatório descobriu que casos da variante Alfa foram relatados em 195 países, territórios ou áreas, enquanto 145 relataram casos da variante Beta, e 99 notificaram casos da variante Gama. A variante Delta foi relatada em 192 países, territórios ou áreas desde 5 de outubro.
Vacinação desigual
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço da agência nas Américas, registrou uma queda de 12% em novos casos, com 1,2 milhões recém-infectados, além de 24 mil óbitos relacionadas à doença.
A diretora-geral do órgão, Clarisse Etienne, afirma que, embora o continente acompanhe a tendência de queda, ainda há focos da doença em alguns países. Ela citou Chile, Cuba e Bermudas e enfatizou Barbados, onde o número de infecções subiu em 75% na semana passada. México e Canadá também tiveram mais casos nos últimos dias.
Destacando as diferenças na região, Etienne trouxe a lacuna de vacinação como uma questão importante. Segundo ela, apenas 37% dos cidadãos da América Latina e do Caribe estão completamente imunizadas. Jamaica, Nicarágua e Haiti são exemplos negativos, com nível de imunização abaixo dos 10%.
Etienne afirmou que apenas sete nações das Américas alcançaram a meta de imunizar ao menos 70% de sua população. Estados Unidos e Brasil registraram o maior número de doses aplicadas, mas seguem abaixo da marca, proporcionalmente à quantidade de habitantes.
Ao citar a chegada de 875 mil doses aos países da América Latina, a chefe do órgão destacou que a quantidade não é suficiente para proteger a todos e pediu doações de países com imunizantes excedentes.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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