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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Apoiadores de Saied vão às ruas contestar as acusações de golpe de Estado na Tunísia

Uma manifestação de rua reuniu milhares de seguidores do presidente da Tunísia Kais Saied, no domingo (3). O movimento serviu para declarar apoio às ações antidemocráticas do presidente, que no final de julho promoveu um desmanche no governo federal e concentrou o poder em suas mãos. As informações são da rede Voice of America (VOA)

O movimento dos governistas foi uma resposta a um ato similar realizado também em Túnis, duas semanas atrás, no qual oposicionistas classificaram os atos de Saied como “golpe de Estado”. Neste domingo, os manifestantes contra-atacaram e tiveram como principal alvo o partido Ennahda, sigla islâmica moderada que lidera a oposição contra o presidente.

Kais Saied, presidente da Tunísia: ações antidemocráticas desmancharam o governo (foto: reprodução/Twitter)

A instabilidade política na Tunísia se intensificou no final de julho, quando o mandatário destituiu o primeiro-ministro Hichem Mechichi, suspendeu as atividades do Parlamento e concentrou em suas mãos quase todos os poderes do Estado.

Além disso, Saied suspendeu a imunidade parlamentar dos legisladores e assumiu poderes judiciais. No dia 14 de julho, antes de derrubar o governo, ele também ordenou a abertura de uma investigação contra três partidos políticos suspeitos de receberem fundos estrangeiros antes das eleições de 2019, na qual ele saiu vitorioso.

Por que isso importa?

A intervenção de Saied, que colocou em xeque os avanços democráticos do país conquistados desde a Primavera Árabe, em 2011, se segue a anos de crise econômica e inércia política, a que se soma a pandemia de Covid-19 e um processo de vacinação popular lento.

Nos últimos dez anos, o país acumulou problemas. Teve dez primeiros-ministros diferentes, que falharam em combater a corrupção e em estabilizar economicamente o país. Novato na política, o jurista Saied era uma aposta dos tunisianos para mudar a situação. O discurso anticorrupção e a rejeição ao sistema político tradicional permitiram a ele vencer o pleito com mais de 70% dos votos.

No dia 24 de julho, um dia antes de Saied derrubar o governo, os tunisianos foram às ruas protestar mais uma vez. Veio, então, a queda do primeiro-ministro e a suspensão do Parlamento. Para os partidos de oposição, sobretudo o Ennahda, as ações do presidente configuram um golpe de Estado.

A favor de Saied sempre pesou o apoio do exército, que já agiu para impedir o acesso de deputados e outros representantes populares ao Parlamento. A população desde então se divide entre apoiar e contestar as medidas.

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