Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONUNews, da Organização das Nações Unidas
A Aliança das Civilizações se diz chocada com o assassinato de um dos clérigos islâmicos mais importantes da República Democrática do Congo. Ele foi morto a tiros no sábado, em Beni, no leste do país.
Segundo agências de notícias, o crime ocorreu durante as orações dos fiéis conduzidas pelo xeque Ali Amini na mesquita principal da área.
O líder islâmico era um forte crítico de milícias muçulmanas violentas no local onde pelo menos 19 pessoas foram mortas nos últimos dias na RD Congo. Desde janeiro, 200 civis perderam a vida após a ação destes grupos armados.
O alto representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Ángel Moratinos, condenou o “assassinato brutal” do representante da comunidade islâmica em Beni.
Moratinos citou os ataques violentos em aldeias vizinhas e lembrou que o clérigo “frequentemente denunciava o extremismo violento”. Ele apelou ao respeito pelo mês de jejum dos muçulmanos, Ramadã, e disse esperar que o espírito de compaixão, paz e respeito mútuo prevaleça.
Religiões e crenças
A nota lembra ainda as recomendações do Plano de Ação das Nações Unidas para a Salvaguarda dos Locais Religiosos e enfatiza “o direito inerente de todos de praticar os rituais de suas religiões ou crenças de forma livre e segura”.
A expectativa do alto representante é que haja o julgamento dos autores desses crimes hediondos em breve. Ele expressou solidariedades às famílias das vítimas dos ataques dos últimos dias no leste da RD Congo.
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