Este conteúdo foi publicado originalmente pela agência ONU News, da Organização das Nações Unidas
A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que o número de mortes por Covid-19 continua em queda, pela terceira semana consecutiva, em nível global.
A líder técnica da agência para Covid-19, Maria Van Kerkhove, descreveu como positivo o declínio, mas disse que um grande número de óbitos segue sendo notificado. Na semana passada, foram 63 mil.
A última atualização da OMS revela 2,6 milhões de novos casos, 7% a mais que na última contagem. Van Kerkhove disse que as três variantes do vírus continuam preocupando. Ela citou a mutação B117, do Reino Unido, e a B1351 identificada na África do Sul.
Van Kerkhove também falou da variante P1, rastreada no Brasil e no Japão. Equipes já rastreiam como se dá a transmissão, potenciais efeitos do vírus na habilidade do corpo de desenvolver anticorpos.
As três variantes, contudo, têm em comum a rapidez na transmissão. Tudo indica, até o momento, que a B117 é a mais grave, o que significa mais hospitalizações e potenciais mortes por Covid-19 com a sobrecarga do sistema de saúde.
Há ainda várias “variantes de interesse”, das quais ainda não se conhecem os impactos, destacou a especialista. “A Covid-19 pode se espalhar várias vezes se não se observarem as recomendações de uma forma combinada”, alertou o diretor-executivo da OMS, Mike Ryan.
Estima-se que 265 milhões de pessoas já tenham recebido a primeira dose em 115 países que iniciaram campanhas. Mas 80% desse total foram imunizados em apenas 10 nações, com os nove produtos em circulação.
Infecções
Ryan defende que o comportamento individual de prevenção, a vigilância de saúde pública e a vacinação poderão ajudar a aliviar as restrições com um maior controle e permitir que as sociedades possam abrir.
Em nível global, até esta quarta-feira foram notificados mais de 114,3 milhões de casos e 2.539.427 mortes devido à Covid-19. Esse é o primeiro aumento de novas infecções em sete semanas.
A OMS aponta que as regiões das Américas, da Europa, do Sudeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental tiveram o maior número de novos casos notificados. A agência realça a prioridade de se vacinar profissionais de saúde até 7 de abril.
Em menos de 40 dias chega ao fim a meta de distribuição equitativa de vacinas. O prazo de 100 dias serve para que todos os países vacinem funcionários e idosos contra a Covid-19 como parte da campanha promovendo a equidade no acesso aos imunizantes.
Medidas básicas
A chamada à ação para atingir esse propósito foi lançada em janeiro e incentiva o apoio ao mecanismo Covax, considerado um pilar do Acelerador de Acesso a Ferramentas Contra a Covid-19, Acelerador ACT.
A iniciativa prevê a distribuição de vacinas, tratamentos e diagnósticos de forma equitativa em todo o mundo. A agência realça que apesar de as vacinas ajudarem a salvar vidas, seria um erro se os países dependessem apenas delas.
A agência da ONU realça que o momento atual é para usar todas as ferramentas para aumentar a produção de imunizantes, incluindo o licenciamento e a transferência de tecnologia. Em caso de necessidade, a OMS pede isenções de propriedade intelectual.
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