Dez aeronaves militares chinesas entraram na zona de defesa aérea de Taiwan nesta segunda (29), em um movimento avaliado como resposta à visita de Surangel Whipps Jr, presidente de Palau, arquipélago localizado no Oceano Pacífico, à ilha reivindicada por Beijing, disse a Reuters.
A força aérea da China tem investido contra os limites do território de Taiwan nos últimos meses, como forma de sinalizar a soberania chinesa sobre o território reivindicado. Na sexta-feira, Beijing já havia enviado 20 aeronaves à região.
Nesta segunda, os oito caças e dois aviões de vigilância apareceram menos de 30 minutos após a entrevista de Whipps sobre a pressão chinesa contra Palau, disse o Ministério de Defesa taiwanês.
O embaixador de Washington em Palau, John Hennessey-Niland, acompanhou o presidente na visita. A nação da Oceania, de menos de 20 mil habitantes, é um dos 15 que ainda mantêm relações formais com Taipé.
“Ninguém pode ditar quem é amigo de Palau”, disse o presidente de Palau, em referência à decisão da China em banir viagens turísticas ao país. Beijing classificou Palau como “destino ilegal” devido à falta de status diplomático em 2017.
“Disseram-me que o céu é o limite [sobre as oportunidades de negócios com a China]. Mas temos que basear nossos relacionamentos na confiança e no que aconteceu no passado”, disse o presidente de Palau.
A incomum presença do embaixador dos EUA na visita demonstra o forte apoio dos EUA a Palau e Taiwan. Apesar de não manter relações diplomáticas formais com Taipé, os EUA têm se aproximado do país ao estabelecer parcerias comerciais e de segurança.
Preocupação
As ameaças já preocupam os EUA, disse um alto funcionário do governo norte-americano ao jornal britânico “Financial Times”.
Conforme a fonte, que pediu para não ser identificada, a equipe de Joe Biden já chegou a uma conclusão sobre o comportamento de Beijing. “Xi Jinping pode ver o progresso decisivo de Taiwan como importante para a sua legitimidade e seu legado. Parece que está preparado para assumir mais riscos”.
A disputa por nações do Pacífico tornou-se alvo de um crescente cabo de guerra entre Beijing e Washington. Em 2019, a China conquistou dois ex-aliados de Taiwan, Kiribati e Ilhas Salomão. Nauru, Tuvalu e Ilhas Marshall, assim como Palau, permanecem com Taipé. A China não se manifestou sobre as atividades militares na zona aérea de Taiwan.
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