Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Homens armados mataram pelo menos 137 civis no Sudoeste do Níger entre eles 22 crianças entre 5 a 7 anos. O secretário-geral da ONU e a diretora-regional do Unicef para a África Ocidental e Central condenaram o ataque.
António Guterres disse que “o ignóbil ataque” a civis na região de Tahoua ocorreu na véspera da comemoração do Dia Internacional da Água, 22 de março e as vítimas eram civis que estavam buscando água.
O secretário-geral enviou condolências às famílias enlutadas, ao Governo e desejou pronta recuperação aos feridos. Ele reiterou a solidariedade e o apoio da ONU aos esforços de prevenção e combate ao terrorismo, extremismo violento e crime organizado no Níger.
Guterres também exortou as autoridades a identificarem e levarem sem demoras os responsáveis à justiça e a protegerem os civis.
Já a diretora-regional do Unicef para África Ocidental e Central, Marie-Pierre Poirier, mostrou-se profundamente chocada com os “terríveis ataques” a famílias e crianças que deixou várias pessoas feridas ou separadas da família.
É o segundo ataque a civis em apenas uma semana. Em 15 de março, um grupo armado desconhecido já matado pelo menos 58 civis, incluindo seis crianças. As vítimas regressavam de um mercado hebdomadário no departamento de Banibangou, região de Tillaberi, junto da fronteira com o Mali.
Violação
O Unicef lembrou que matar e ferir crianças é uma grave violação dos direitos humanos e recomendou às partes a protegerem os menores.
Marie-Pierre Poirier diz que “o contínuo conflito, ataques repetidos e restrições de acesso devido a insegurança e violência estão dificultando a habilidade de alcançar os mais necessitados, incluindo dois milhões que solicitam assistência humanitária”.
Ela apelou o fim definitivo dos ataques no Níger e disse que o Unicef continua engajado em apoiar o Governo em garantir a segurança das crianças e suas famílias.
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