Um ataque matou 137 pessoas no domingo (21), na região da tríplice fronteira entre Níger, Mali e Burkina Faso. O massacre é o maior em número de mortos já registrado em Tillaberi, epicentro da insurgência jihadista no Sahel Central.
Como em ataques anteriores, homens armados e em motocicletas alvejaram civis nas aldeias de Intazayene, Bakorat e Wistane, registrou o jornal queniano “Nation”. Em uma semana, a região fronteiriça somou 236 mortos por grupos jihadistas.
As autoridades não divulgaram quais grupo podem estar por trás do ataque e nenhuma milícia reivindicou as mortes. A violência a civis na região envolve militantes ligados à Al-Qaeda, Estado Islâmico e outros grupos.
Ainda no domingo, outro atentado matou 33 soldados em um posto policial do Mali, também na tríplice fronteira. O Estado Islâmico reivindicou as mortes. Antes disso, o último massacre ocorreu no dia 15, quando extremistas mataram 66 pessoas após invadirem um ônibus a caminho das feiras comerciais de Banibangou.
Motivação política
A escalada de violência ocorre logo após a eleição do novo presidente do Níger, Mohamed Bazoum, no final de fevereiro. Bazoum ocupa o lugar de Mahamadou Issoufou, à frente do país desde 2011, que deixou o poder após dois mandatos na primeira transição presidencial pacífica do país desde a independência da França, em 1960.
Os ataques de domingo coincidem com a confirmação da vitória de Bazoum no segundo turno pelo tribunal constitucional, disse a RFI (Radio Free International). O novo presidente deve assumir o cargo em 2 de abril.
No último lugar do ranking de desenvolvimento da ONU (Organização das Nações Unidas), o Níger luta contra insurgências islâmicas originais do Mali e da Nigéria. A violência dos grupos já forçou o deslocamento de cerca de 500 mil civis da região.
O post Militantes jihadistas matam mais de 130 civis em novo ataque no Níger apareceu primeiro em A Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos