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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Doador de conservadores, bilionário Sheldon Adelson morre aos 87

Morreu na noite desta segunda-feira (11) o bilionário Sheldon Adelson, aos 87 anos. Grande aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, Adelson destinava parte de seus lucros dos impérios de cassinos e hotéis de luxo em causas de direita.

Adelson morreu por complicações de um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer no sangue, confirmou a sua empresa Las Vegas Sands ao jornal “The New York Times”. O local da morte não foi divulgado.

Filho de um motorista de táxi, o bilionário amealhou sua fortuna de mais de US$ 40 bilhões por meio de cassinos e resorts em Las Vegas (EUA), Macau (China) e Singapura.

Financiador de pautas conservadoras, bilionário Sheldon Adelson morre aos 87
O bilionário Sheldon Adelson em Las Vegas, novembro de 2013 (Foto: CreativeCommons/ECG)

Entre os dez mais ricos do mundo, Adelson era adepto às agendas políticas de direita e financiou movimentos nas América e em Israel.

Em 2012, o empresário se tornou o maior doador político dos EUA após a Suprema Corte remover limites de contribuições em campanhas eleitorais.

A aproximação com Donald Trump ocorreu em maio de 2016, quando o empresário ganhou espaço como aspirante à candidatura republicana. A doação para a campanha do atual presidente, que deixa o cargo no próximo dia 20, chegou a US$ 25 milhões.

Outros US$ 5 milhões foram doados apenas para a comemoração da vitória eleitoral, em novembro de 2016. Sob a administração de Trump, Adelson alcançou pelo menos um de seus objetivos de longa data: a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, em 2018.

Relação com Israel

A relação do empresário com Israel começa com seu pai, descendente de judeus ucranianos e lituanos. Com residência no Estado judeu, Adelson é proprietário de importantes veículos conservadores de mídia na região e apoiou a eleição do premiê Benjamin Netanyahu.

Em vida, se opôs à criação de um Estado palestino e favoreceu o assentamento de israelenses em territórios ocupados. Além de Trump, o empresário também destinou recursos às campanhas presidenciais de George W. Bush, em 2004, e Mitt Romney, em 2012. O ex-deputado e ícone conservador Newt Gingrich também recebeu doações.

À época, Adelson disse à Forbes que estava disposto a gastar US$ 100 milhões para derrotar o democrata Barack Obama. Adelson deixa cinco filhos – três de sua primeira esposa, de quem se divorciou em 1988, e outros dois da médica israelense Miriam Farbstein Ochshorn.

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