A China respondeu as recentes sanções dos EUA com uma nova lei. Desde sábado (9), o país proíbe o cumprimento de leis estrangeiras que barram transações com instituições e indivíduos chineses.
A medida se aplica a todas as circunstâncias em que há “proibição ou restrição indevida” de organização ou cidadão chinês em outros países, decretou o Ministério do Comércio.
Os indivíduos ou instituições chinesas deverão se reportar ao órgão até 30 dias caso seus negócios sofram com leis de conformidade estrangeiras. As informações são do jornal honconguês “South China Morning Post”.
A ordem é uma resposta às recentes ações comerciais dos EUA, que divulgou uma lista com entidades “não confiáveis” de Beijing. O movimento tem como objetivo dificultar o cumprimento de normas necessárias para exportar para os norte-americanos.
Apesar de ter cancelado a deslistagem de empresas chinesas no dia 5, a Bolsa de Valores de Nova York voltou a retirar as ações negociadas nos EUA nesta segunda (11). As principais afetadas são a China Telecom, China Mobile e China Unicom.
Em novembro, o presidente Donald Trump decretou a proibição de investimentos norte-americanos em empresas de propriedade ou controladas por militares chineses.
A disputa entre China e EUA se intensificou após Trump sugerir, sem evidências, que o país liderado por Xi Jinping teria criado o novo coronavírus em laboratório para prejudicar os países ocidentais, em março de 2020.
As afirmarções aceleraram a disputa comercial e tecnológica entre as potências. No dia 7, Washington ameaçou novas sanções a Hong Kong e China continental após a prisão de mais de 50 políticos pró-democracia.
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