A ala Verde de eurodeputados já enviou reivindicações à Comissão Europeia para alterar partes do acordo comercial com o Reino Unido. O termo, fechado no dia 24, encerrou o processo do Brexit e deve ser promulgado pela UE até fevereiro.
O grupo chama a atenção às cláusulas “insuficientemente rigorosas” sobre transparência financeira e tributação de empresas. Com “compromissos mais rígidos”, é possível reprimir a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal, defendem.
“A UE deve ter uma visão mais holística e política do acesso ao mercado para as empresas financeiras da cidade de Londres”, disse o eurodeputado alemão Philippe Lamberts ao britânico “Financial Times”.
Em carta enviada à presidente do bloco, Ursula von der Leyen, Lamberts recomenda que a UE se utilize da “influência que resta” sobre o Reino Unido para conceder, ou não, acesso ao mercado único de serviços financeiros da Europa.
Os eurodeputados também argumentam que as atuais medidas não abordam a lista de paraísos fiscais da UE ou qualquer código de conduta sobre a tributação de empresas.
“[Londres] se limita às regras globais da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], aponta o documento assinado pelo grupo Verdes.
O acordo comercial, alcançado após nove meses de negociações, garante a Bruxelas a “igualdade de condições” com o Reino Unido. As principais áreas de interesse são o meio ambiente e ajuda estatal.
Os dois lados concordaram sobre uma “cláusula de boa governança”, onde se comprometem a manter padrões para troca de informações fiscais e transparência tributária pública. A Comissão Europeia preferiu não comentar a carta.
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