Uma rede mobilizada por homens para combater a violência de gênero por meio agressão sexual no Sudão do Sul, reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas), garantiu à inspetora-chefe Doreen Malambo o prêmio de Policial do Ano, nesta terça (3).
Conhecido pelos altos índices de violência sexual, o Sudão do Sul vive intensos conflitos desde 2014, quando elites econômicas e grupos rebeldes passaram a disputar o controle pela exportação do petróleo.
Ao chegar no país, no ano passado, Malambo se deparou com milhares de vítimas de violência de gênero e abusos sexuais resultantes destes conflitos.
Com grupos liderados por oficiais do sexo masculino, a inspetora mobilizou homens civis de diversas comunidades para disseminar informação e promover a proteção de mulheres e meninas. “O empoderamento das mulheres é essencial para aumentar a visibilidade de seus interesses, necessidades e contribuições”, disse a inspetora-chefe.
O envolvimento dos homens neste processo é essencial. Por serem os principais agressores, há necessidade de mobilizar uma mudança cultural entre a população masculina, já reiterou a ONU.
Natural da Zâmbia, Malambo possui 24 anos de atuação em diversos órgãos policiais da ONU, como a UNMISS (Missão da ONU no Sudão do Sul), Unfpa (Fundo das Nações Unidas para a População) e Unmil (Missão da ONU na Libéria). Hoje a inspetora é conselheira de gênero da UNMISS.
O prêmio Policial do Ano existe desde 2011 e busca condecorar as contribuições de mulheres policiais nas operações de paz da ONU. Entre os 11 mil policiais das Nações Unidas, 1,3 mil são mulheres. Há 16 missões de paz ativas em todo o mundo.
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