Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Os preços dos alimentos alcançaram um recorde mensal em janeiro atingindo o valor mais alto desde julho de 2014. O aumento dos custos globais da alimentação chegaram a uma alta de 113,3 pontos em oito meses seguidos.
O Índice de Preços de Alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) apontou na quinta-feira (4) o crescimento de 4,3%, ou 4,7 pontos, em relação a dezembro de 2020.
O aumento ganha força após altas nos subíndices de açúcar, cereais e oleaginosas. Os custos de carnes e dos laticínios subiram em menor grau.
Na avaliação mensal dos preços do mercado internacional, a maior alta foi do açúcar, com 8,1%. A grande demanda global para a importação do produto gerou preocupações com a redução das reservas.
Outro fator que influenciou os custos nesta categoria foi o aumento dos preços do petróleo bruto, especialmente do Brasil, em meio a surtos de gripe aviária que restringiram a produção e as exportações de vários países europeus.
A valorização do real brasileiro também influenciou os preços internacionais do açúcar. Em seguida, o Índice de Preços de Cereais registrou um aumento mensal de 7,1%. O crescimento tem influência dos preços internacionais do milho.
No mês passado, o valor dos óleos vegetais subiu 5,8%, o maior nível desde maio de 2012.
Laticínios
No mês que marca o oitavo aumento consecutivo de preços alimentares, o índice de preços de laticínios da FAO subiu para 1,6%. O Índice de Preços de Carne esteve em alta pelo quarto mês consecutivo, alcançando 1% a mais do que em dezembro de 2020.
O principal fator foi a aceleração nas importações globais de carne de frango. Esta quinta-feira, a FAO também publicou o Resumo de Oferta e Demanda de Cereais.
A atualização sobre a produção, consumo, comércio e tendências de estoque revela estimativas de uma produção global recorde de trigo e arroz em 2020.
Na produção de cereais em 2021, espera-se um aumento modesto para as safras de trigo durante o inverno no Hemisfério Norte, estimulado pelo aumento de áreas cultivadas na França, na Índia, na Rússia e nos Estados Unidos.
As previsões apontam para uma queda ligeira na produção de milho no Hemisfério Sul. Argentina e Brasil já registaram recordes históricos e as perspetivas de safras em países da África Austral são favoráveis.
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