Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
A crise global de Covid-19 afetou em cheio os orçamentos para educação em países de rendas baixa e média baixa. O auxílio para o setor cresceu 21% nos últimos dez anos com apenas um período de cortes, entre 2010 e 2014.
Desde 2014, os investimentos recuperaram 30% num recorde de quase US$ 16 bilhões em 2019. Mas com a pandemia, o cenário mudou e mais de 65% dos países mais pobres estão reduzindo o orçamento para as escolas.
Os dados são do relatório do Banco Mundial e da Unesco. Segundo o documento, os números também indicam as grandes disparidades entre os países ricos e pobres e como o sistema de educação é gerenciado.
Diferenças
Antes da Covid-19, nações de renda alta investiam o equivalente a US$ 8,5 mil por criança ou jovem matriculados. Já nos países pobres, este gasto era de US$ 48. Com a pandemia, as diferenças aumentaram.
O relatório também alerta sobre o risco de um colapso dos recursos necessários para o setor e até mesmo sobre o alcance dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
O financiamento externo é crucial para o apoio à educação nos países mais pobres. Mas com a crise, os países doadores devem canalizar essa ajuda para suas próprias necessidades domésticas.
Além disso, a saúde e outras emergências também precisam de financiamento. A previsão do Banco Mundial é de uma queda de US$ 2 bilhões no auxílio à educação se comparado aos pontos altos 2020. O índice não deve retornar aos patamares de 2018 por seis anos.
América Latina e Caribe
Em nota, a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) divulgou um novo relatório sobre o impacto do coronavírus nas taxas de mortalidade da região.
Na nova edição do Observatório Demográfico da América Latina e do Caribe, a Cepal afirma que a pandemia golpeou as melhorias registradas em índices de expectativa de vida e criou retrocessos em alguns indicadores.
Desde a primeira notificação da Covid-19 no Brasil, em 25 de fevereiro de 2020, a pandemia tem causado inúmeros desafios econômicos e sociais para a região que afetam a luta contra a pobreza, a desigualdade, proteção social e saúde.
O Observatório revela que os dez países com o maior número de mortes pela Covid-19 até 31 de outubro são o Brasil, Peru e Bolívia. Em seguida estão o Chile, Equador, México, Argentina, Panamá, Colômbia e Bahamas.
Já as nações que registram menos mortes são: Curação, Cuba, Uruguai, Antigua e Barbuda, Jamaica e Trinidad e Tobago. As taxas de óbito são maiores em grupos de pessoas idosas e em lugares com sistemas de saúde precários.
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