A China deu início nesta quarta-feira (24) a um exercício militar naval com Singapura. O movimento integra um projeto de ampliação de laços diplomáticos na Ásia, de acordo com o jornal honconguês “South China Morning Post”.
Com a aproximação, Beijing busca enfrentar o que vê como uma crescente ameaça dos EUA sobre o Mar da China Meridional. Em uma disputa que se intensificou no início da pandemia, Washington se aliou às nações asiáticas que questionam o avanço chinês sobre as águas da região.
Em comunicado, o ministério da Defesa da China afirmou que o exercício com Singapura inclui operações de busca e resgate e exercícios de comunicação. “As duas marinhas alcançaram um consenso”, disse o porta-voz Gao Xiucheng.
“O objetivo é aumentar a confiança mútua, aprofundar a amizade, promover a cooperação e a construção de uma comunidade marítima”, afirmou. Um acordo assinado em 2019 já previa os testes militares, que ocorreram pela última vez em 2016.
A China também pode ter participado de um exercício militar liderado pela Rússia e pelo Irã entre os dias 17 e 19, segundo a agência catari Al-Jazeera. O treino ocorreu no Oceano Índico, em uma área de 17 mil quilômetros.
Apesar de Beijing ter sinalizado que poderia participar do encontro, nenhum órgão estatal confirmou a participação chinesa. Irã, Rússia e China realizaram exercícios semelhantes em 2019.
Além de Singapura, a China também promoveria exercícios militares com o Camboja em março. O encontro, porém, foi suspenso pelo governo cambojano por conta da pandemia e das fortes enchentes de inundaram partes do país em outubro.
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