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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Temor dos EUA impede o retorno do EI no Curdistão, avalia autoridade local

O temor de uma coalizão global liderada pelos EUA é o que impede o EI (Estado Islâmico) de recapturar as cidades que invadiu em 2014, avaliou o vice-presidente da região do Curdistão iraquiano, Sheikh Jaafar Sheikh Mustafa, à emissora curda Rudaw.

“Eu acredito que o Daesh [termo árabe com sentido pejorativo para o EI] poderia até mesmo recontrolar cidades se não fosse o medo da coalizão”, disse a autoridade local, baseada em Erbil, no Iraque. “O grupo é muito forte em termos de quantidade, qualidade, armas e tudo”.

Conforme Mustafa, a organização extremista já possui armas com visão noturna e binóculos térmicos que poderiam “identificar e martirizar” soldados iraquianos e curdos à longa distância”.

Até a dissolução forçada do grupo, em dezembro de 2017, eles não possuíam esses equipamentos. O EI assumiu o controle de áreas do Iraque e Síria em 2014 e, apesar da derrota, o grupo segue ativo no Iraque e sobretudo em áreas disputadas entre Erbil, no norte do país, e Bagdá.

Temor de coalizão global é o que impede o retorno do Estado Islâmico no Curdistão
Soldado do Peshmerga, exército curdo, levanta a bandeira do Curdistão após a queda do Estado Islâmico em região próxima a Mosul, no Iraque, em setembro de 2014 (Foto: Divulgação/Kurdishstruggle)

A rápida capacidade de organização dos jihadistas, porém, deve espalhar o grupo pelas regiões vizinhas dos locais controlados no passado. Para realizar esse avanço, o EI já reagrupa e recebe mais combatentes da Síria.

“Eles têm túneis e enormes bases militares no Monte Hamrin”, disse Mustafa. “Há um grande número de forças no Monte Qarachogh, local próximo aos territórios disputados de Erbil”.

Só em 2020, o EI conduziu 230 ataques nas áreas disputadas. O número de pessoas feridas, sequestradas e mortas nos confrontos chega a 812, apontam dados do Peshmerga, exército do Curdistão.

Na quinta (25), o coronel Wayne Marotto, porta-voz da coalizão global contra o Estado Islâmico, afirmou que a relação EUA-Curdistão é essencial para a segurança e estabilidade da região. “Juntos, continuamos unidos na luta para #DerrotarODaesh”, escreveu.

Obstáculos no combate

O combate ao EI deve ser um dos maiores desafios do governo de Joe Biden, apontou uma análise do portal norte-americano Daily Beast. Na ponta da coalizão global, Washington deve priorizar o estabelecimento da paz no Oriente Médio quase como uma “dívida” pela guerra do Iraque em 2003.

Como fazer isso é a grande questão, já que a nova administração dos EUA lida com a presença limitada no nordeste da Síria e a dificuldade em empregar a diplomacia para o fim da guerra. Hoje, a Síria é o território mais ameaçado pelo EI.

Os ataques crescem na região da cidade de Deir al-Zour, onde os terroristas jihadistas lançaram mais de 100 ataques apenas no último mês. Decapitações, abduções, ataques suicidas e de motocicletas são algumas das táticas mais comuns.

Enquanto o exército sírio lança operações com apoio da Turquia contra combatentes, porém, o EI tem recuperado forças. “É muito mais fácil matar um terrorista do que uma ideologia. A luta não acabou”, escreveu a jornalista Gayle Tzemach Lemmon.

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