Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News, da Organização das Nações Unidas
Mais de 2,6 milhões de pessoas devem enfrentar extrema insegurança alimentar na Somália até a metade do ano, alertou um relatório publicado na quarta-feira (17).
Chuvas fracas, enchentes e gafanhotos do deserto aprofundarão a precariedade da situação, diz a pesquisa, que apela à oferta de auxílio humanitário em grande escala.
A análise foi divulgada pela Fews (Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome) e a Unidade de Análise de Segurança Alimentar e Nutrição da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
Em nota, a FAO e o governo da Somália pediram o aumento urgente do apoio para que continuem os esforços de controle e vigilância de gafanhotos do deserto e o fornecimento de apoio de emergência próximos meses.
De acordo com a publicação, a praga dos gafanhotos do deserto continuará aumentando o risco de danos às pastagens e às plantações em todo o país. A probabilidade de chuvas abaixo da média entre abril e junho deve agravar a insegurança alimentar para milhões de pessoas.
Plantações
Apesar de um relativo progresso, o surto de gafanhotos do deserto continua destruindo as plantações, disse o ministro da Agricultura somali, aid Hussein Iid. As autoridades manterão a força combinada para combater a ameaça, disse.
A resposta de emergência aumentou o foco em intervenções para reduzir lacunas no consumo de alimentos, salvar vidas e proteger os meios de subsistência, disse a representante da FAO na Somália, Etienne Peterschmitt.
No último semestre de 2020, cerca de 1,8 milhão de pessoas receberam ajuda alimentar por mês em diversas partes da Somália. O apoio humanitário em grande escala ajudou a minimizar a crise.
Ainda assim, ainda são necessários novos fundos urgentes para reduzir novas ameaças. Pelo menos 1,6 milhão de pessoas enfrentam um nível de crise ou pior no primeiro trimestre de 2021.
Outros 2,5 milhões de pessoas estão sob pressão, o que eleva o total de vítimas de insegurança alimentar aguda para 4,1 milhões. Esse número inclui cerca de 840 mil crianças menores de cinco anos que poderão sofrer desnutrição aguda.
Entre abril a junho, a insegurança alimentar deverá piorar. As principais vítimas serão as populações rurais pobres, urbanas e deslocadas, devido às várias ameaças e crises. A FAO recomenda que a ajuda humanitária seja mantida para evitar um cenário de crise ou emergência para cerca de 2,7 milhões de pessoas.
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