Tundu Lissu, o principal opositor do presidente reeleito, John Magufuli, deixou a Tanzânia na terça (10) em direção à Bélgica. Ele saiu do país escoltado por diplomatas da B, dos EUA e Alemanha, informou a Associated Press.
O opositor concorreu ao pleito do dia 28 contra Magufuli e afirmou fraude eleitoral após o anúncio da vitória, com 84% dos votos, do atual presidente.
Lissu estava refugiado na embaixada alemã desde o dia 2 de novembro e relatou ter recebido ameaças de morte.
“Não estou fugindo do país”, disse Lissu, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2017, quando foi alvejado por 16 tiros. “Vou apenas explorar diferentes plataformas para recuperar a justiça, democracia e dignidade dos tanzanianos”.
No dia 2, logo após ser liberado de interrogatórios da polícia, Lissu e outros líderes da oposição exortaram manifestações pacíficas “ininterruptas” no país.
Sem cobertura da imprensa e com redes de comunicação bloqueadas, o país de 56 milhões de habitantes no sudeste da África teve suas eleições marcadas por um Judiciário enfraquecido, prisões arbitrárias e perseguição política.
Na terça (10), a chefe de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Michelle Bachelet, manifestou preocupação com os inúmeros relatos de intimidação e perseguição contra líderes e membros da oposição após a votação.
Segundo ela, cerca de 150 oposicionistas foram presos desde o dia 27 de outubro e pelo menos 18 permanecem sob custódia.
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