As forças de segurança de Hong Kong prenderam oito políticos pró-democracia por um suposto tumulto, realizado em uma reunião na Câmara Legislativa local, em maio.
De acordo com o jornal norte-americano “The New York Times”, sete acusados foram presos no domingo (1) e um nesta segunda-feira (2).
Os políticos teriam se envolvido em uma disputa pela presidência de um comitê do Conselho Legislativo no começo do ano. Para impedir o controle dos legisladores governistas, um representante pró-democracia teria barrado o andamento de projetos importantes por vários meses.
Ao tomarem o poder do comitê à força, os parlamentares pró-Beijing entraram em conflito com os legisladores pró-democracia, o que gerou novos protestos.
Os presos são do Partido Trabalhista de Hong Kong – sigla contrária ao domínio de Beijing no território. A polícia de Hong Kong já afirmou que deve prender mais pessoas pelo episódio.
Nenhum parlamentar pró-Beijing, no entanto, foi detido após o conflito. “Não se trata de status social ou histórico político”, disse o superintendente da polícia, Chan Wing-yu ao “Times”.
Uma eleição parlamentar estava prevista para setembro, mas foi adiada por conta da pandemia. Os legisladores pró-democracia condenaram a ação. “É uma tática para adiar sua saída do poder”, disseram.
As prisões vem na esteira de uma série de perseguições a dissidentes desde que Beijing reforçou a influência sobre o território da ex-colônia britânica, devolvida à China em 1997.
Com vários ativistas presos, Beijing aperta o cerco contra dissidentes desde a onda de protestos anti-China de 2019.
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