O governo da Guatemala revogou o aval de funcionamento da organização norte-americana Planned Parenthood um dia após a renúncia do ministro Oliverio García Rodas, no dia 4.
No “Diário Oficial” do país, o presidente Alejandro Giammattei assinalou que a entidade sem fins lucrativos “não está de acordo com os interesses” da Guatemala. O médico Giammattei é um dos principais expoentes da direita centro-americana.
Rodas afirmou que deixava o cargo em reconhecimento ao “erro” de autorizar a entrada da ONG no país. Combatida por conservadores, a organização norte-americana é conhecida por oferecer interrupções seguras à gravidez e políticas de planejamento familiar.
Pouco antes de sua renúncia, na última terça (3), diversos deputados, sobretudo apoiadores de Giammattei, pediram pela destituição de Rodas. O ex-ministro ocupava o cargo desde junho, quando Edgar Godoy deixou a pasta por problemas de saúde, informou o jornal guatemalteco “La Hora”.
Questionado, Giammattei afirmou que aceitou a decisão. “Ele [Rodas] me disse que tomou a decisão com base no erro que cometeu. Agradeci profundamente e lamento que perdemos um bom ministro, mas a posição do governo está clara sobre o assunto”, disse.
No poder desde janeiro, Giammattei já declarou seu total repúdio ao aborto. Especialistas o comparam, em termos ideológicos, com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, observou o portal Brazilian Report.
“Reconheço a vida desde a sua concepção e no meu governo não tolerarei nenhum movimento que vá contra os meus valores ou aos meus princípios médicos”, disse o presidente em um comunicado.
A secretária de Comunicação Social da presidência, Claudia Haydée Díaz León, assumiu interinamente o Ministério do Interior, antes ocupado por Rodas.
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