A Comissão Eleitoral da Geórgia, pequena ex-república soviética no Cáucaso, se colocou a disposição para discutir a contagem de votos com membros da oposição nesta segunda (9) após novos protestos na capital Tblisi, informou o portal georgiano Agenda.
A decisão vem após uma série de manifestações violentas que terminaram com truculência policial. Assim como no domingo (8), a polícia usou canhões de água para dispersar os protestos. Duas pessoas ficaram feridas, registrou a Radio Free Europe.
Descontentes com os resultados parciais das eleições parlamentares realizadas ainda no dia 31, manifestantes pedem que a Comissão Eleitoral realize novas eleições e que novos integrantes substituam o grupo atual.
De acordo com a Comissão, os protestos geram “pressão e não passam de tentativas de interferência na Administração Eleitoral. O órgão afirma que o processo das eleições ainda não acabou e, por ora, só haverá a divulgação dos resultados preliminares.
“Nesta fase, vários processos legais estão em andamento”, diz a nota. “Algumas das parciais já estão finalizadas, outras estão sendo recalculadas em alguns dos distritos e por isso ainda não há veiculação dos resultados”.
Acusação de fraude
A oposição da Geórgia alega fraude no pleito através de agências estatais e grupos criminosos. Até agora, a contagem parcial aponta uma vitória de mais de 50% do partido governista Sonho Georgiano.
De acordo com observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), as eleições foram, em sua maioria, “competitivas e livres”.
Fatores pré-eleitorais, no entanto, prejudicam o total apoio ao pleito, como uma mídia estatal “visivelmente partidária”, apontou a OSCE. A pequena nação ao sul do Cáucaso deve realizar o segundo turno do pleito no dia 21.
Autoridades da polícia georgiana afirmaram que os canhões de água só foram utilizados após os manifestantes tentarem invadir o prédio da Comissão Eleitoral.
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