Funcionários britânicos disseram à Reuters que, em conversa por telefone com o primeiro-ministro britânio Boris Johnson, nesta terça (10), o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, sugeriu o desejo de negociar um possível acordo com Londres pós-Brexit.
A única objeção, no entanto, é que se mantenha o Acordo de Belfast. O termo, assinado em 1998 após 30 anos de violência sectária na Irlanda do Norte, possibilitou a cooperação por meio das fronteiras da ilha.
No dia 9 de setembro, Londres substituiu de forma unilateral partes do acordo. O objetivo seria evitar uma fronteira alfandegária física entre a porção norte da ilha, parte do Reino Unido, e a República da Irlanda, que continua membro da UE (União Europeia).
A mudança punha em risco o acordo de 1998 e foi suficiente para minar a confiança do bloco europeu e dos norte-americanos no Reino Unido.
“Biden deixou clara a importância de implementar o Brexit de forma que respeite o Acordo de Belfast. O primeiro-ministro garantiu ao presidente eleitor que isso será contemplado”, disse um funcionário do governo britânico à Reuters.
Aliados históricos, o Reino Unido prevê laços estreitos com o governo do EUA por meio de pautas como as mudanças climáticas.
Johnson, que nunca esteve pessoalmente com Biden, afirmou que também busca um acordo comercial com a União Europeia – bloco que o país deixa em definitivo a partir de janeiro.
O premiê, no entanto, já afirmou que está disposto a barrar a parceria caso a situação se complique na sensível fronteira da Irlanda do Norte com a Irlanda. A via é o único acesso terrestre entre o Reino Unido e a UE.
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