A Nicarágua quer produzir a vacina russa contra a Covid-19 até o final do ano, mas especialistas afirmam que não há capacidade física ou tecnológica no país, informou o jornal local “La Prensa“, no dia 19.
O gerente do laboratório russo Mechnikov, Stanislav Uiba, garantiu a produção da vacina Sputnik V na Nicarágua ainda no dia 16. Segundo ele, as doses seriam produzidas e distribuídas a todos os países da América Latina e do Caribe até o final do ano.
O pesquisador e membro da Academia de Ciência da Nicarágua Ernesto Medina, contudo, afirmou que a nação da América Central conseguiria, no máximo, embalar e distribuir as doses.
“A produção de vacinas é um processo científico e tecnológico bastante complexo e, infelizmente, a Nicarágua não tem essa capacidade”, pontuou. Os laboratórios aptos a produzir as doses vacinais precisam passar por uma série de certificações e nenhum cumpre os requisitos na Nicarágua.
A vacina Sputnik V foi a primeira registrada contra a Covid-19, no dia 11 de agosto. Sua eficácia é motivo de desconfiança na comunidade científica internacional. Um número reduzido de voluntários recebeu as doses, ainda em fase de testes.
Até o momento, Nicarágua e Brasil foram os únicos países a se oferecerem para fabricar a vacina russa. Argentina e México já afirmaram que produzirão as doses elaboradas pela Universidade de Oxford, em colaboração com o laboratório AstraZeneca.
Ainda no dia 17, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se prontificou a ser o primeiro a receber as doses da vacina russa assim que chegarem ao país. “Vou tomar a vacina, vou dar o exemplo”, disse em um discurso televisionado, registrou o portal American Airlines.
O post Nicarágua quer produzir vacina russa, mas capacidade é questionada apareceu primeiro em A Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos