Mais de 200 funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas) responsáveis por controlar a pandemia na Síria acabaram se infectando com o vírus, informou a Reuters no domingo (6).
Alguns chegaram a ser hospitalizados e três foram retirados do país, disse o coordenador humanitário da ONU na Síria, Imran Riza, em uma carta. No documento, Riza pedia ajuda e um centro médico para tratamento.
Um dos funcionários infectados, no entanto, disse à Reuters que o número real de infectados pode ser ainda maior. O vírus se espalhou às centenas de terceirizados que trabalham para agências da ONU no país, apontou a fonte.
A Síria registrou forte aumento dos contaminados desde julho. Com altos índices de subnotificação, o país tem 3,2 mil casos confirmados e 137 mortes em decorrência da doença causada pelo coronavírus, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, nos EUA, nesta terça (8).
Em trégua após nove anos de guerra, a Síria vive agora uma das maiores crises sociais e econômicas da sua história. Sem infraestrutura, há forte limitação do acesso a suprimentos médicos.
Nas últimas semanas, inúmeros profissionais da saúde morreram. A situação é mais grave na região sul da capital, Damasco, que possui o maior volume concentrado de casos.
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