As forças navais, aéreas e terrestres do Irã estão no Estreito de Ormuz, entre as costas iraniana e dos Emirados Árabes Unidos, desde quinta-feira (10) para exercícios militares, informou a Al-Jazeera.
A ação, prevista para encerrar no sábado (12), ocorre em meio à já aprofundada tensão com os Estados Unidos. Washington abandonou o acordo nuclear de 2015 com os iranianos três anos depois, mas tenta restabelecer sanções após violações de Teerã.
O objetivo dos exercícios é melhorar a prontidão para enfrentar “ameaças estrangeiras” e possíveis invasões, disse o comandante do Exército, Habibollah Sayyari.
As manobras ocupam quase dois milhões de quilômetros quadrados no golfo de Omã, que separa o Irã dos países dos Golfo, como Bahrein e Omã.
Na mídia estatal, o almirante Shahram Irani afirmou que os EUA retiraram os drones do local após um alerta o Irã. Teerã proíbe a presença dos norte-americanos e qualquer marinha ocidental no Golfo. O espaço é essencial à rota comercial de petróleo.
Em junho de 2019, as forças iranianas atingiram um dos drones na região – motivo que quase desencadeou dois confrontou diretos à época. Mas a instalidade deixada pela morte do general Qassem Soleimani, no início de janeiro, aumentou ainda mais a pressão entre os dois países.
Desde então, o governo de Donald Trump impôs sanções ainda mais severas à economia do Irã e busca estender o embargo de armas estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) por mais um ano. A resolução está ativa desde 2015 e chega ao fim no dia 18 de outubro.
Os outros componentes do Conselho de Segurança da ONU – Reino Unido, China, Rússia, França e Alemanha –, no entanto, relutam em restabelecer as sanções. O temor é que o Irã deixe de cooperar com os esforços de desnuclearização.
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