Diante do insucesso de uma rápida conquista na Ucrânia, a Rússia substituiu o líder das operações militares, que passam agora pelas ordens do general Aleksandr Dvornikov. Aos 60 anos, ele é reconhecido como um dos oficiais mais experientes do país. As informações são da rede Voice of America (VOA).
De acordo com informações de autoridades dos EUA, Dvornikov esteve em 2015 na Síria, onde liderou durante um ano tropas russas em apoio às forças do presidente Bashar al-Assad. Sob seu comando, as tropas de Moscou foram amplamente acusadas de bombardear bairros habitados por civis e hospitais para tentar impedir os insurgentes de derrubar o líder sírio.
O papel desempenhado por Dvornikov no conflito, particularmente a crueldade das operações e bombardeios em Aleppo, agradou Vladimir Putin, que o promoveu a general em 2020 e ainda o condecorou com o título de “Herói da Federação Russa”.
Segundo Rami Abdulrahman, chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra baseado no Reino Unido, Bashar al-Assad não é o único responsável por matar civis na Síria, já que o general também tem parcela de culpa ao coordenar ataques durante a intervenção militar russa.
“Como comandante de operações militares, isso significa que ele está por trás de mortes de civis sírios ao dar as ordens”.
Em entrevista à rede CNN, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que “podemos esperar mais do mesmo na Ucrânia com a presença de Dvornikov”.Sullivan também fez menção aos planos frustrados do Kremlin em tomar rapidamente o país vizinho. “Nenhuma nomeação de qualquer general pode apagar o fato de que a Rússia já enfrentou um fracasso estratégico na Ucrânia ao não ser capaz de invadir rapidamente o país e derrubar o governo do presidente Volodymyr Zelenskyy”.
O conselheiro ainda alertou que Dvornikov deve repetir os crimes de guerra e brutalidade vistas na Síria contra civis ucranianos. “E os Estados Unidos, como eu disse antes, estão determinados a fazer tudo o que pudermos para apoiar os ucranianos enquanto eles resistem a ele, e resistem às forças que ele comanda”.
Os mortos de Putin
Desde que assumiu o poder na Rússia, em 1999, o presidente Vladimir Putin esteve envolvido, direta ou indiretamente, ou é forte suspeito de ter relação com inúmeros eventos, que levaram a dezenas de milhares de mortes. A lista de vítimas do líder russo tem soldados, civis, dissidentes e até crianças. E vai aumentar bastante com a guerra que ele provocou na Ucrânia
Na conta dos mortos de Putin entram a guerra devastadora na região do Cáucaso, ações fatais de suas forças especiais que resultaram em baixas civis até dentro do território russo, a queda suspeita de um avião comercial e, em 2022, a invasão à Ucrânia que colocou o mundo em alerta.
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