Duas pessoas foram mortas e diversas ficaram feridas na quinta-feira (7), quando um homem armado abriu fogo em um bar na cidade de Tel Aviv, em Israel. Trata-se do mais recente episódio de terror em meio a uma onda de violência que colocou as forças de segurança em alerta e levou o primeiro-ministro Naftali Bennett a pedir que os cidadãos se armem. As informações são do jornal The Israel Times.
O ataque ocorreu na rua Dizengoff, localizada em uma área movimentada da cidade e durante um horário em que muitas pessoas frequentavam os bares e restaurantes da região.
“Nós mergulhamos debaixo das mesas e as pessoas começaram a chorar, foi horrível”, disse Evelyn Gertz, que estava jantando no estabelecimento ao lado do bar atacado.
Após o tiroteio, dez pessoas foram levadas ao Hospital Ichilov com ferimentos de bala, sendo que duas morreram após receberem atendimento. Quatro das vítimas deram entrada no centro médico em estado grave, duas seriamente feridas e outras duas com ferimentos leves. Mais quatro pessoas com ferimentos leves seguiram para diferentes hospitais.
O terrorista, um palestino de Jenin, no norte da Cisjordânia, conseguiu fugir do local e foi perseguido pela polícia. Ele acabou sendo morto nesta sexta-feira (8), em uma troca de tiros com as forças de segurança israelenses.
Por que isso importa?
Israel registrou seguidos ataques no final do mês de março, uma onda de violência que levou o primeiro-ministro Naftali Bennett a incentivar o armamento da população. “Reforçamos a presença em todo o país de fardados e armados. Do meu ponto de vista, não há limite de recursos”, disse o premiê, que acrescentou: “Quem tem licença para portar uma arma, esta é a hora de carregá-la”.
De acordo com as autoridades, o que ajuda a a explicar o aumento da violência é o início do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos. No ano passado, o período foi marcado por protestos que levaram a confrontos entre a polícia de Israel e a comunidade muçulmana, desencadeando também um conflito de 11 dias entre o Hamas e Tel-Aviv.
Neste ano, ao menos 11 pessoas morreram somente em março. No dia 22, um palestino usou uma faca para matar quatro pessoas na cidade de Bersebá (Be’er Sheva, em hebraico), antes de ser morto também por um civil armado. Cinco dias depois, em Hadera, dois indivíduos com armas de fogo mataram um homem e uma mulher, ambos agentes de controle de fronteira. Outro ataque foi registrado perto de Tel Aviv no dia 29, quando cinco pessoas foram mortas por um atirador.
No último dia de março, o país registrou o quarto ataque terrorista em um intervalo de pouco mais de uma semana. Um palestino armado com uma chave de fenda atacou os passageiros de um ônibus que passava perto do assentamento de Neve Daniel, ao sul de Jerusalém. Uma pessoa ficou ferida, enquanto o agressor foi morto a tiros por um homem que estava no ônibus e portava uma arma de fogo.
Também no dia 31 de março, um episódio de violência foi registrado em Jenin, na Cisjordânia. Forças de segurança de Israel fizeram uma grande operação na região e houve confrontos, levando à morte de dois jovens palestinos, identificados como Sanad Abu Atiyeh, de 17 anos, e Yazid al-Sa’adi, de 23. Socorristas locais disseram que os tiros das autoridades israelenses atingiram 14 palestinos.
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