A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou novos dados indicando que a África enfrenta a diminuição mais longa da casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Houve uma queda de novas contaminações nas últimas 16 semanas, bem como uma redução de morte nas últimos oito semanas.
As infeções, em grande parte devidos à quarta onda pandêmica, impulsionada pelo Ômicron, despencaram de um pico de mais de 308 mil casos semanais, no início do ano, para menos de 20 mil, na semana que terminou em 10 de abril.
Com 18 mil casos e 329 mortes, a redução é de 29% e 37%, respetivamente, na comparação com a semana anterior. Este baixo nível de contaminações não era visto desde abril do ano passado.
Com as infeções em recessão, vários países africanos começam a relaxar as medidas de combate à Covid-19, como a vigilância epidemiológica, quarentena e as medidas de saúde pública que incluem o uso de máscara e proibição de aglomerações.
A prévia diminuição mais longa de infeções pela variante da Covid-19 na África foi entre 1º de agosto e 10 de outubro de 2021.
Apesar da diminuição das infeções, a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, sustenta ser crucial que os países continuem vigilantes e mantenham medidas de controle, incluindo a vigilância genômica para detectar rapidamente variantes de Covid-19 em circulação, melhorar os testes e aumentar a vacinação.
Moeti salienta que, com o vírus ainda a circular, o risco de emergirem novas variantes mais mortais continua, e as medidas de controle da pandemia são fundamentais para uma resposta eficaz ao surto de infeções.
A OMS alerta sobre o alto risco de outra onda de novas infeções com a época de frio no Hemisfério Sul, de junho a agosto. A agência lembra que ondas anteriores da pandemia na África coincidiram sempre com baixas temperaturas, momentos em que as pessoas ficam dentro das casas e em espaços nem sempre bem ventilados.
A OMS recomenda que os países ponderem os riscos e benefícios enquanto relaxam as medidas, levando em conta a capacidade dos sistemas de saúde, imunidade das pessoas ao vírus e prioridades socioeconômicas.
Outra recomendação é manter os sistemas de saúde em estado de prontidão para que, em caso de piora da situação, as medidas possam ser rapidamente restabelecidas.
Em Botsuana e na África do Sul, pesquisadores já conduzem análise adicional em novas sublinhagens da Ômicron recém detectadas para determinar se são mais infeciosas ou virulentas.
O BA.4 e BA.5 identificadas nos dois países da África Austral foram também confirmadas em Bélgica, Dinamarca, Alemanha e Reino Unido.
Conclusões até ao momento não apontam diferença epidemiológica significativa entre a nova e conhecidas sublinhagens da variante do Ômicron, que incluem a BA.1, BA.2 e BA.3.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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