Um homem foi preso no domingo (30) sob a acusação de pilotar um drone sobre a residência do rei da Suécia, em Estocolmo. Ele foi detido no começo da tarde nos arredores do Palácio Drottningholm, disse a polícia. As informações são do site The Drive.
O episódio ocorre duas semanas após o Serviço de Segurança Sueco ter iniciado investigações sobre uma série de relatos de aeronaves não tripuladas desconhecidas que foram vistas sobrevoando instalações nucleares, prédios governamentais e aeroportos.
Segundo a reportagem, o suspeito foi identificado como sendo um cidadão russo, de aproximadamente 40 anos, mas a polícia não deu mais detalhes até o momento. De acordo com site de notícias sueco The Local, o promotor do caso revelou que o homem foi libertado, mas ainda é tratado como suspeito pela Justiça sueca.
Um porta-voz da polícia disse ao jornal sueco Aftonbladet que o homem foi acusado de violar a Lei de Segurança Protetora da Suécia, que visa à proteção de órgãos públicos e infraestrutura crítica contra “espionagem, sabotagem, crimes terroristas e outros crimes que possam ameaçar suas operações”. A lei abrange qualquer atividade relacionada à segurança nacional, bem como cumpre compromissos internacionais de segurança.
O Aftonbladet buscou informações sobre o suspeito com conhecidos dele em redes sociais russas, que alegaram ao veículo que o homem é apenas um viajante não familiarizado com legislação sueca sobre drones e locais sensíveis.
“Ele é um turista comum”, garantiu um amigo ao jornal. “Tenho certeza disso. Eu sei que ele foi para a Suécia, mas não sei exatamente para onde ele estava indo”, acrescentou. Outra pessoa próxima do suspeito teria dito ao veículo sueco que o suspeito “não sabia que o castelo é um objeto protegido” e que “deve ter voado para lá por engano”.
Não há evidências que liguem o cidadão russo acusado às incursões de aeronaves não tripuladas que ocorreram no início deste ano no país, de acordo com a reportagem. As suspeitas, no entanto, foram amplificadas por conta do turbulento momento geopolítico, particularmente pelo atrito entre Moscou e Kiev.
Os avistamentos iniciais de drones sobre instalações nucleares suecas no mês de janeiro ocorreram em um momento em que navios da marinha russa cruzavam o Mar Báltico a caminho do Mediterrâneo.
No contexto das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, o país escandinavo reforçou recentemente as suas defesas na ilha de Gotland –
localizada a cerca de 320 quilômetros de Kaliningrado, sede da frota russa do Báltico –, com os militares suecos enviando tropas adicionais e veículos blindados ao local.A major-general Lena Hallin, chefe da agência de inteligência militar da Suécia, justificou a movimentação militar por conta da mobilização russa próxima à costa do país, que gerou “uma situação longe de ser normal para a segurança sueca hoje”.
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