Duas pessoas foram presas no Afeganistão após confessarem participação no assassinato de quatro mulheres na semana passada, entre elas uma ativista de direitos humanos. As detenções foram confirmadas pelo Ministério do Interior do Taleban em vídeo publicado no Twitter no sábado (6). As informações são da Radio Free Europe.
#وضاحت
— Ministry of Interior Affairs- Afghanistan (@moiafghanistan) November 6, 2021
در یک منزل مسکونی در مربوطات شهرک خالد، حوزه پنجم امنیتی شهر مزارشریف، چهار جسد دریافت گردیده که در ارتباط به این قضیه دو تن دستگیر گردیده است.
در تحقیقات ابتدایی اعتراف نموده اند که خانم ها از طرف این اشخاص خواسته شده بودند.
دوسیه این اشخاص به محکمه راجع گردیده است. pic.twitter.com/ZNMdYvdrtg
De acordo com o órgão governamental, os crimes ocorreram na cidade de Mazar-e Sharif, no norte do país. Os suspeitos admitiram ter atraído as vítimas para uma casa em que os corpos foram encontrados. O porta-voz da pasta não falou se a motivação dos crimes foi esclarecida pelos agressores.
Entre as vítimas está uma mulher identificada como Frozan Safi, 29, professora universitária e ativista dos direitos das mulheres do Centro Cultural Zainuddin Mohammad Babar. De acordo com o diretor do centro, ouvido pela agência Associated Press (AP), temerosa quanto ao seu futuro sob o governo talibã, que tomou o poder central em agosto, ela planejava deixar o país para se juntar ao noivo estrangeiro.
Segundo a fonte, Safi havia saído de sua casa há três semanas “para se encontrar com alguém que ela acreditava que poderia ajudá-la a deixar o Afeganistão”.
Por que isso importa?
Desde que assumiu o Afeganistão em 15 de agosto, o Taleban desmantelou os sistemas estabelecidos no país para prevenir e responder à violência de gênero. A nova realidade tem sido devastadora para as mulheres, que voltaram a viver sob um regime repressivo baseado numa interpretação radical do Islã.
Entre as imposições dos talibãs às mulheres estão a proibição de saírem de casa desacompanhadas, o veto à educação em escolas e ao trabalho e inúmeros casos de solteiras ou viúvas forçadas a se casar com combatentes.
Desde 2001, o conflito já resultou em cerca de 100 mil mortes, com muitos combatentes deixando viúvas e filhos. Sem os maridos, as mulheres lutam pela sobrevivência desde antes da atual crise econômica e do domínio Taleban, que restringe o acesso das mulheres ao trabalho remunerado.
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