A capital de Angola acolhe, a partir deste sábado (27), a Bienal de Luanda, com o título “Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz”. O evento conta com chefes de Estado, integrantes de governos, representantes de organizações internacionais, diplomatas e personalidades e realça o patrimônio cultural de Angola e da África.
A Bienal debate diversidade cultural, moda, cinema e turismo e faz parte da programação a ser divulgada através da plataforma digital Bienal TV, em português, inglês e francês.
O músico brasileiro Yamandu Costa, que estará no evento, gravou um vídeo sobre o papel dos artistas na cultura da paz e na ligação do continente africano e suas diásporas.
“A arte de uma maneira geral é um momento de elevação da compreensão humana. Então, porque não ser um instrumento de trazer paz, e trazer comunhão às pessoas. As artes sempre tiveram essa força de juntar nações e de fazer com que o entendimento seja possível. Eu considero a África como uma possibilidade de um futuro melhor para a humanidade”, diz ele no vídeo.
As sessões da Bienal de Luanda serão presenciais e virtuais, refletindo iniciativas de impacto para a paz e o desenvolvimento sustentável na África. A organização inclui o Governo de Angola, a União Africana e a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, da sigla em inglês).
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, ressalta a cultura de paz num espaço de reflexão sobre o futuro promovendo a riqueza cultural dos países africanos e resiliência.
A Constituição da Unesco promove o conceito de “Cultura de Paz” desde o Congresso Internacional sobre Paz nas Mentes dos Homens, realizado em Yamoussoukro, na Costa do Marfim, há 32 anos.
A Unesco junta este apelo à criação de uma estrutura regional sustentável como dita o “Plano de ação para uma cultura de paz em África” do Fórum Pan-Africano “Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz”, realizado em Luanda em 2013.
A Unesco destaca, no entanto, que embora as oportunidades de desenvolvimento sustentável na África estejam crescendo, o continente ainda enfrenta muitos desafios. Entre eles estão os riscos de instabilidade e conflito.
Para a agência das Nações Unidas, a Bienal de Luanda é uma contribuição para promover a paz e a não-violência, com base em valores africanos compartilhados.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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