Um ataque relaizado por homens armados terminou com a morte de ao menos 25 pessoas no sudoeste do Níger, perto da fronteira com o Mali. Nenhum grupo extremista assumiu a autoria do atentado, que ocorreu em uma região de forte atuação de extremistas ligados à Al-Qaeda. As informações são da agência Associated Press.
De acordo com Alkache Alhada, ministro do Interior, os criminosos queimaram e saquearam prédios durante a ação, que ocorreu perto do vilarejo de Bakorat, e foi classificada como “covarde” pelo governo.
No início do mês, outra ação armada de jihadistas matou 69 pessoas, incluindo uma autoridade política, na região da tríplice fronteira com Mali e Burkina Faso. As vítimas daquele atentado foram na maioria integrantes de uma milícia de defesa anti-extremista.
Como é comum nos ataques, os extremistas surgiram em motocicletas e armaram uma emboscada para um comboio onde estava uma liderança política da cidade. Aquela ação foi atribuída a integrantes do Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS).
Por que isso importa?
No Níger, o epicentro da violência é a região de Tillaberi, um dos principais palcos da onda jihadista que tomou o Sahel Central. A violência aprofunda os desafios de segurança enfrentados pelo novo presidente do país, Mohamed Bazoum, eleito no final de fevereiro.
Bazoum ocupa o lugar de Mahamadou Issoufou, que esteve à frente do governo desde 2011 e deixou o poder após dois mandatos, na primeira transição presidencial pacífica do país desde a independência da França, em 1960.
O país mais pobre do mundo, conforme classificação da ONU (Organização das Nações Unidas), ainda luta contra o alastramento do Boko Haram, da Nigéria, que avança sobre o sudeste do país.
No Brasil
Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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