O grupo terrorista Al-Shabaab matou cinco civis acusados de espionagem, segundo a agência turca Anadolu. Lideranças acusaram as vítimas de tentar se infiltrar no grupo para levar informações aos EUA e a agências de inteligência somalis.
Os assassinatos aconteceram após um tribunal do grupo condenar os civis na cidade de Jilib, ao sul da Somália, nesta terça (2). Os terroristas forçaram a população local a sair de suas casas e assistir a execução, por fuzilamento, dos civis.
“Não é a primeira vez que terroristas do Al-Shabaab executam civis”, disse o oficial de Kismayo, Abdirahman Adan à Anadolu. “Centenas de pessoas foram obrigadas a presenciar o crime”.
Jilib fica na região de Juba Médio, localizado no “chifre” do país, e é dominada pelo Al-Shabaab. A organização mantém vínculo com a Al-Qaeda e é contrária ao governo da Somália e às forças da missão de paz no país.
No domingo (28) o exército da Somália e forças etíopes da Amison (Missão de Paz da União Africana) mataram nove membros do grupo terrorista na cidade agrícola de Qasahdhere, no sudoeste do país.
Os agentes contra-atacaram os militantes após uma tentativa de atentado contra bases do exército. A insegurança generalizada causou o adiamento das eleições do país, previstas para 24 de janeiro.
Na sequência, o vácuo de poder impulsionou ataques do grupo, ativo há pelo menos 16 anos. Os extremistas controlam áreas ao sul, onde é comum que soldados de paz da União Africana morram em emboscadas e bombardeios.
Dados apontam que o Al-Shabaab esteve em 440 episódios violentos no país entre julho e setembro – o maior número desde 2018.
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