Este conteúdo foi publicado originalmente no portal VOA (Voice of Africa)
Em áudio, o economista João Mosca aponta que os conflitos militares nas regiões centro e norte de Moçambique contribuíram para a queda do país no índice de democracia no mundo.
O país africano passou a integrar o grupo de regimes autoritários no último índice do The Economist Intelligence Unit, lançado na quarta (3).
Além dos conflitos militares, Mosca aponta que a crise econômica resultante das dívidas e a Covid-19, além da posição dominante do partido Frelimo, empurram Moçambique ao autoritarismo.
“Em uma situação em que existem conflitos, há aspectos da democracia e direitos humanos que, infelizmente, ficam comprometidos”, disse o economista.
“Isso reforça o poder do partido maioritário dentro do Parlamento e as forças de defesa e segurança ganham maior peso”. Assim, a tendência é que os níveis de decisão central, autoritarismo e repressão às mídias locais aumentem.
Mosca também aponta o fato de Moçambique ser um país onde o ambiente de negócios caiu, assim como outros indicadores internacionais, como as liberdades individuais e direitos humanos.
“Devemos considerar todas essas questões no conceito global de crise econômica, de conflitos militares e também da Covid-19“, apontou. “Tudo isso afeta as liberdades individuais e reforçam o poder do Partido maioritário no Parlamento”, sublinhou.
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